O Banco Central Americano (FED) anunciou nesta quarta-feira (27) a quarta alta consecutiva da sua taxa básica de juros, em 0,75%, na tentativa de conter a maior inflação dos EUA em 40 anos.
“A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto dos Estados Unidos ao anunciar a elevação da taxa referencial, em decisão unânime dos 12 membros com direito a voto.
Foi a primeira vez desde 2013 que todos os membros do órgão estiveram reunidos.
A alta de 0,75% é uma tentativa de desacelar a maior inflação no país em 40 anos e, ao mesmo tempo, não empurrar a maior economia do mundo para a recessão.
Há dois anos, para enfrentar a pandemia de covid-19, o FED praticamente zerou suas taxas para incentivar o consumo e o investimento. Agora, o objetivo é o oposto: esfriar um pouco a economia para mitigar as pressões inflacionárias.
O órgão acrescentou que segue “altamente atento” aos riscos de inflação. Mas, embora a geração de empregos tenha permanecido “robusta”, as autoridades observaram no novo comunicado de política monetária que “os indicadores recentes de gastos e produção abrandaram”, um aceno para o fato de que o ciclo agressivo de aumentos dos juros que têm colocado em prática desde março está começando a pesar. (Istoe)