Policiamento segue reforçado no entorno do Alemão após operação com 18 mortos

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Rio – Policiais do Batalhão de Choque seguem reforçando o policiamento no entorno do Complexo do Alemão, na Zona Norte, desde a madrugada desta sexta-feira (22). Ação ocorre após operação conjunta das polícias Militar e Civil, nesta quinta-feira (21), que deixou 18 mortos, sendo 16 suspeitos e dois inocentes. De acordo com a corporação, equipes realizam patrulhamento na região e também estão em pontos estratégicos na Avenida Itaóca, Avenida Adhemar Bebiano, Estrada do Itararé na Rua Paranhos. Por volta das 7h42 e das 8h42 desta sexta, o Instituto Fogo Cruzado registrou ocorrência de tiros no Complexo do Alemão. No início da noite de ontem, durante uma coletiva de imprensa, as polícias Civil e Militar confirmaram as 18 mortes, sendo 16 suspeitos e dois inocentes, entre eles, o cabo Bruno de Paula Costa, de 38 anos. O objetivo da ação era localizar e prender cerca de 100 criminosos que pretendiam sair do Alemão para praticar roubos e invasões em outras comunidades. O tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da Polícia Militar do Rio, falou ao Bom Dia Rio, da TV Globo, sobre a importância de operações como a do Alemão para coibir o aumento na criminalidade atuante no Rio de Janeiro. “O que a gente observa é o avanço constante dessa quadrilha, que insiste no investimento em armas de fogo, insiste em colocar uma juventude pobre e favelada com armas na mão e sustentar fogo. E eles sacrificam essa juventude da favela para poder garantir a proteção das suas vidas, da sua liberdade. Os criminosos do Complexo do Alemão que investem em ataques a shoppings, roubo a banco, roubo de cargas e roubo de veículos, eles sacrificam sua própria população. Eu fico muito estarrecido em ver muitas manifestações de pessoas que dizem que operações como essa são inúteis. Elas são necessárias para poder deter um avanço emergencial dessas quadrilhas”, esclareceu. De acordo com ele, as mortes de Letícia Marinho, de 50 anos, e do cabo Bruno de Paula podem ser entendidas como o custo da operação. “Eles dois acabam representando o custo dessa operação. Não tem resultado operacional que seja comemorado com a morte desses dois inocentes, mas a gente precisa entender que operações como essa representam o que aquilo que chamamos de ‘enxugar gelo’. É fundamental que a gente possa enxugar o gelo, que tenha alguém para enxugar esse gelo, porque senão a sociedade vai morrer afogada”, disse ele. De acordo com o segundo o tenente-coronel Uriá Nascimento, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), estes traficantes usavam roupas similares às fardas das polícias Militar e Civil para dificultar a localização dos mesmos. O setor de inteligência da PM identificou que esta quadrilha praticava roubos de veículos principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna. As informções são do jornal ODIA.