Este foi o slogan escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para comemorar hoje, dia 14, o Dia Mundial do Doador de Sangue em 2022. A data tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para a importância do papel do doador de sangue em salvar vidas através do trabalho voluntário ao redor do mundo.
Em Itabuna, o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM) conta com uma agência transfusional, unidade hemoterápica responsável por armazenar sangue e seus derivados, realizar exames imuno-hematológicos pré transfusionais, liberar e transportar os produtos sanguíneos para as transfusões nos setores da unidade hospitalar.
A agência atende uma demanda de pacientes internados nos serviços de urgência e emergência, portadores de anemia falciforme, oncológicos, pacientes com traumas por armas brancas e de fogo, acidentes ou que vão realizar procedimentos cirúrgicos e necessitam de transfusão de sangue.
Fátima Nicácio Henrique, coordenadora do setor, explica que todo esse serviço funciona a partir do Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna que é quem fornece as bolsas de sangue, já com todos os testes de sorologia, hepatite C e HIV. “Aqui no HBLEM são feitas as provas transfusionais para ver se o sangue é compatível com cada paciente para realizar a transfusão”, diz.
A parte de captação de reposição também é realizada no HBLEM e funciona da seguinte forma: é solicitado ao paciente ou algum familiar, que seja feita a doação de sangue na Santa Casa para reposição da bolsa de sangue que ele vai utilizar.
Vale lembrar, que o paciente não deixa de ser atendido com a transfusão, mesmo que não consiga doar sangue. “É apenas uma maneira de incentivar as pessoas a doarem, uma vez que o déficit no estoque do Banco de Sangue é muito grande”, frisa.
O Hospital de Base também trabalha no seu limite de estoque de sangue e hemoderivados. Por mês, são realizadas no hospital cerca de 360 transfusões de sangue. O ideal seria ter de um a dois doadores para cada paciente que utiliza uma bolsa de sangue. “Em média, necessitamos de 20 a 30 bolsas de sangue do tipo O positivo por dia. Atualmente temos apenas 50% dessa quantidade”, destaca.
Contudo, o hospital conta com a ajuda de diversos grupos para tentar manter o seu estoque. A Caravana do município de Ibicuí, há quase cinco anos traz moradores para doar sangue. O Centro Estadual de Educação Profissional em Biotecnologia e Saúde (CEEP), também encaminha seus alunos à Santa Casa para fazerem doação, uma vez ao ano.
A ajuda mais recente é do “Pedal dos Peixes”, um grupo de pedal da cidade que passou a fazer doação de sangue neste ano. Um dos colaboradores do HBLEM, Adalmir Ribeiro Rocha, integra o grupo e teve a iniciativa de convidar os colegas para a ação solidária.
A instituição tem se esforçado para realizar campanhas internas junto aos colaboradores para que sejam potenciais doadores. “Precisamos de mais ações para incentivar os nossos colaboradores a salvar vidas, através da doação de sangue”, finaliza.
ASCOM