Familiares de pacientes internados em hospitais têm recebido telefonemas de golpistas, que se passam por médicos desses hospitais, avisando que o familiar internado necessitará ser submetido a um procedimento cirúrgico com urgência e que os parentes devem realizar, imediatamente, o pagamento, por meio de uma transferência bancária. Desesperados com a terrível notícia, os familiares depositam o dinheiro, e, logo após, descobrem que foram vítimas do chamado “Golpe do Falso Médico”.
Os golpistas se aproveitam da situação de fragilidade que a família do paciente internado está vivenciando, pois os parentes ficam tão atordoados com a notícia do agravamento do problema de saúde do ente querido, que fazem a transferência do dinheiro solicitado antes mesmo de ir pessoalmente ao hospital verificar se a informação é verdadeira. Todavia, alerta-se a população que hospitais esclarecem que não costumam cobrar valores através de telefonemas ou mensagens, pois pagamentos de tratamentos devem ocorrer de forma sigilosa e presencial.
PAGAMENTOS DEVEM OCORRER DE FORMA PRESENCIAL
Assim, recomenda-se que ao receber uma ligação ou mensagem de algum suposto médico solicitando pagamentos urgentes, o ideal é que o familiar do paciente internado, antes de pagar qualquer quantia, dirija-se até o hospital, para, presencialmente, junto da equipe hospitalar, verificar a veracidade da suposta informação transmitida pelo contato telefônico.
O Golpe do Falso Médico é praticado por meio dos crimes de Estelionato e Associação Criminosa, e muitos dos golpistas aplicam o golpe de dentro dos presídios brasileiros. Por isso, é importante que as vítimas registrem boletim de ocorrência em delegacia de polícia, a fim de que esses crimes sejam investigados e punidos. Por outro lado, a pergunta que não quer calar é “como os golpistas conseguem as informações sobre os pacientes internados e os dados de seus familiares?” Os hospitais, com certeza, devem essa explicação para as autoridades e para as vítimas. Graça e Paz a todos!!!
Autor Dr. Couto de Novaes (Advogado, sócio na P&C Advocacia / WhatsApp 71 9 9205 4489)