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GANHO FÁCIL: Trader, cantora gospel e investigada por estelionato: Saiba quem é Izabela Cristy

por Ornan Serapião
5 minutos para ler
Izabela Cristy é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais pela suposta prática de estelionato

Isabela Cristi Gomes Barros, influenciadora conhecida nas redes sociais como Izabela Cristy, atualmente enfrenta junto a seu marido, David Robson de Barros, processos e investigações sobre sua empresa: I&D Investimentos. A Polícia Civil de Minas Gerais os investiga sob a acusação de estelionato, por suspeita de realizar a prática de pirâmide financeira na região metropolitana de Belo Horizonte. A equipe de reportagem da Jovem Pan conversou com Cristy, que negou as práticas criminosas e alegou que fio vítima de um golpe de uma ex-funcionária. Em geral, empresas que cometem este tipo de delito são enquadrados na Lei de Crimes contra a Economia Popular (Lei 1.521, de 1951) e podem ser detidos por até dois anos.

Quem é Izabela Cristy?

Modelo internacional, a jovem de 28 anos de idade já participou de concursos musicais na televisão e manteve-se à frente de uma banda gospel. Seu canal no YouTube, que conta com mais de 13 mil inscritos, porém, não apresenta mais nenhum vídeo após o aparecimento das denúncias. No Instagram, números ainda mais expressivos. São quase 90 mil seguidores que acompanham suas publicações. Nas imagens, a investigada ostenta um alto padrão de vida e posa à frente de carros de luxo e hotéis internacionais. Viagens para Angra dos Reis, no Rio de Janeiro; Ilhas Maldivas e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Em suas publicações, no entanto, não é permitido realizar qualquer tipo de comentário.

Em um dos vídeos compartilhados, Izabela e David realizam uma propaganda de seu robô de investimento, mas a página também não encontra-se mais no ar. No perfil que o rapaz mantém no Facebook, há uma imagem que redireciona para uma página de robôs de investimento no Instagram. Chamada de ‘robotraderid7’, a página conta com mais de 11 mil seguidores e, embora tenha as iniciais da empresa acusada de estelionato e promova a utilização de robôs de investimento para realizar trade financeiro, profissão ostentada pelo casal em seus respectivos perfis, não há qualquer menção de que Izabela ou David comandam página. Quem deseja se informar, deve chamá-los em mensagem privada.

Pirâmide financeira

O esquema, costumeiramente, consiste na promessa de um investimento inicial com a promessa de um alto retorno financeiro no futuro e a necessidade da indicação de outros membros. O aporte das vítimas que entram no esquema auxilia no pagamento de quem entrou no passado. A estrutura financeira, porém, só funciona com a entrada de novas pessoas. No momento que o recrutamento acaba, o dinheiro também cessa. No caso de Izabela, no entanto, a mulher confirma que a I&D Investimentos realizava uma remuneração a quem indicasse novos membros para entrar na empresa, que realizava trade, ou seja, compra e venda de ativos financeiros, no mercado de ações binárias. “Nunca usei minhas redes sociais para chamar pessoas para minha empresa, todas as pessoas que vieram foram por indicação”, afirma. Quem aceitasse entrar, poderia deixar uma quantia de dinheiro com a garantia de que receberia 100% do valor aportado em 40 dias. Alguns pacotes chegavam a prometer até 400% de retorno. Quanto mais tempo sem retirar o dinheiro, maior a promessa de ganhos futuros.

Porém, a modelo afirma que sua empresa não se qualifica na prática de pirâmide financeira e alega que os pagamentos aos investidores foram interrompidos pois a empresa sofreu um golpe de uma ex-funcionária. “Várias pessoas anexaram comprovantes [para recebimento] falsos” e “não tinha como mais continuar a fazer os pagamentos sem uma auditoria completa”. Segundo Izabela, o casal passou a receber chantagens e ameaças de pessoas que desejam reaver seus investimentos, mas enquanto a perícia interna não for concluída, os pagamentos seguirão congelados. O inquérito sobre um possível estelionato praticado pela modelo segue aberto na delegacia de Lagoa Santa, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. “Não somos uma pirâmide”, afirmou a empresária.

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