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DROGAS: Cocaína adulterada mata 17 e faz 56 serem hospitalizados na Argentina

por Ornan Serapião
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Suspeita é de que cocaína teria veneno para ratos

Ao menos 17 pessoas morreram e 56 foram hospitalizadas na região metropolitana de Buenos Aires, capital da Argentina, após consumirem cocaína adulterada, confirmaram autoridades argentinas nesta quarta, 2. O material da provável contaminação ainda não é conhecido, mas as hipóteses iniciais são de que a droga teria sido misturada a veneno contra ratos —especialistas ouvidos pela imprensa argentina falam também em uma substância derivada de opioides. A polícia acredita que a adulteração tenha sido feita de forma intencional, dentro de um contexto de conflito entre grupos de traficantes. Uma operação policial foi realizada na madrugada desta quarta na comunidade Porta 8, na cidade de Tres de Febrero, região metropolitana de Buenos Aires, onde a cocaína teria sido comprada. De acordo com o jornal “Clarín”, dezenas de pessoas foram presas e pacotes com uma substância similar à que provocou as intoxicações foram coletados. Uma nota de 20 pesos com resquícios da droga também foi encontrada no bolso de uma das pessoas internadas e será analisada pelos peritos. A imprensa argentina indica que as mortes e hospitalizações foram registradas nas cidades de Hurlingham, Tres de Febrero, San Martín e Ituzaingó. A maioria dos casos envolve homens entre 31 e 45 anos —as identidades das vítimas não foram divulgadas. Os relatos iniciais apontam que eles teriam sofrido convulsões e paradas cardíacas. A promotoria de Buenos Aires pediu que consumidores que compraram cocaína na região metropolitana da capital recentemente descartem a droga. O governo municipal de Tres de Febrero fez recomendação parecida, alertando para “possíveis sintomas como confusão, convulsões e perda de consciência”. ​O procurador-geral Germán Martínez afirmou que é grande o risco de, nos próximos dias, crescer o número de vítimas e internados. “Alguém pode ter comprado a cocaína nas últimas horas e consumi-la, em qualquer parte do país. O importante é que quem tenha isso no bolso se dê conta do risco”, afirmou. Ele confirmou a hipótese inicial de o caso resultar de um ajuste de contas entre traficantes, mas ressaltou que uma contaminação desse tamanho nesse contexto é algo raro. ​(JP)

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