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NOTA DE ESCLARECIMENTO

por Ornan Serapião
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Buscando a verdade, a MATERNIDADE MÃE POBRE – FUNDAÇÃO FERNANDO GOMES vem a público esclarecer os fatos veiculados pelo site pimenta na moqueca no dia 02/10/2019, na matéria intitulada “Prefeitura deve mais de R$ 31 milhões à Santa Casa, aponta provedora em nota”, onde, de forma leviana, se deturparam os fatos.

Na aludida matéria restou consignado, de forma enviesada, que a administração municipal de Itabuna supostamente PRIVILEGIARIA a MATERNIDADE ESTER GOMES ao deslocar para ela atendimentos da baixa e média complexidade que antes eram feitos pelos Hospital Manoel Novaes, o que é absolutamente inverídico!

Essa desfaçatez não engana nem aos mais bobos, atraindo à lembrança o ensinamento bíblico que diz que é mais fácil pegar um mentiroso do que a um coxo.

Ora, é de todos sabido que a MATERNIDADE, há mais de trinta anos, presta relevantes serviços à toda região grapiúna, pelo que não cabe ignorar a sua histórica importância, valendo registrar que assim como toda a população, também fomos surpreendidos pela decisão que o Hospital Manoel Novaes de não mais prestar os serviços de portas abertas e de baixa e média complexidade.

Que fique o registro, sobretudo para os que desavisadamente se precipitam, que em reunião havida no Conselho Municipal de Saúde no dia 13/08/2019, o senhor André Werner, Diretor da Santa Casa, se pronunciou, aberta e espontaneamente, afirmando que acumulava um prejuízo mensal de mais de R$ 1.500.000,00 (um milhão e meio de reais) com o atendimento ao SUS, pelo que não mais iria mantê-lo no âmbito da baixa e média complexidade, já que era mais rentável priorizar o atendimento particular e de alta complexidade (porta fechada).

Essa colocação causou espanto a todos os presentes, inclusive aos Secretários Municipais de Saúde que compõe a CIR (Comissão Intergestores Regional) e ao próprio promotor de justiça, o Dr. Patrick Pires, até porque veio relatado um expressivo aumento de denúncias de omissão de atendimento pelos prepostos do Hospital Manoel Novaes.

Diante disso, sabedores de que a Maternidade não conta com outra fonte de recursos que não os R$ 272.000,00 (duzentos e setenta e dois mil reais) que lhe são repassados pelo SUS, e de que a MATERNIDADE mantém em dia os pagamentos dos seus prestadores e funcionários, vale salientar que é público e notório que nos últimos meses ainda assumimos, à custa de muito sacrifício, 100% (cem por cento) da demanda recusada Hospital Manoel Novaes.

Suspeitando que a santificação do anjo bom da Bahia tenha repercutido na operação deste verdadeiro milagre, cremos, piamente, que a redistribuição do fluxo por recusa de atendimento é o mais típico ato de respeito à vida que a regulação da Secretaria Municipal de Saúde poderia adotar, o que nem de longe se aproxima de um privilégio.

Cumpre encerrar registrando que a MATERNIDADE DA MÃE POBRE é a única entidade filantrópica habilitada no chamamento público 001-S/2019 para o atendimento da baixa e média complexidade e que para dar continuidade aos bons serviços prestados a mídia precisa contribuir não só para informar e esclarecer a verdade dos fatos, mas também, para reunir esforços conjuntos buscando garantir a manutenção dos necessários serviços de saúde pública que a população carente tanto precisa.

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