Nesta quarta-feira (19), o município de Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, suspendeu a vacinação de crianças com idade entre 5 e 11 anos após uma menina de 10 anos sofrer uma parada cardíaca 12 horas depois de receber a dose pediátrica da vacina da Pfizer contra a Covid-19.
Conforme o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 do município, a criança tem quadro estável e está consciente.
O comitê tomou a decisão de suspender a vacinação um dia após o início da aplicação as dos imunizantes nas crianças da cidade. A suspensão vale por sete dias.
Em nota, o órgão alegou que “não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil”, mas que, diante do ocorrido, “será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento”.
De acordo com o comitê, o prazo é necessário para o “aprofundamento sobre o caso de forma específica e o envio de relatórios aos órgãos de controle federais e estaduais”.
O município é governado por Anderson Prado de Lima (DEM). O secretário de Saúde da gestão solicitou autorização para acesso ao prontuário médico, uma vez que o atendimento ocorreu na rede privada.
A administração municipal informou que a criança apresentou alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou, conforme o relato do pai. Ela foi levada à rede de saúde particular e reanimada. Após ser estabilizada, a criança foi transferida para o Hospital da Unimed, em Botucatu, onde permanece sob observação.
Durante a reunião com o comitê, a prefeitura informou aos membros que, através da sua Secretaria de Saúde e da sua Vigilância Epidemiológica, já havia comunicado o fato à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, através da Vigilância em Saúde, e que aguardava resposta e instruções dos órgãos responsáveis.
Governo de São Paulo responde
Nesta quinta-feira (20), o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alegou que o caso não teve ligação com a primeira dose da vacina.
De acordo com as afirmações da Vigilância Epidemiológica, dez especialistas realizaram a análise e disseram que a menina de 10 anos possui uma doença congênita rara, que era desconhecida pelos pais. Entretanto, não se sabe mais sobre qual seria a doença e como ela anularia possíveis ligações do caso com a vacina, pois nada mais detalhado foi divulgado além do que alegou o Governo de São Paulo.
A vacinação de adultos segue normalmente no município.
Com informações de R7 e ISTOÉ DINHEIRO