Por Olívia Coutinho
O evangelho proposto para a nossa reflexão no dia de hoje, narra a apresentação de Jesus no templo. Quarenta dias após o seu nascimento, Jesus é levado por Maria e José ao templo, a fim de se cumprir um ritual judaico: conforme a lei de Moisés, todo primogênito do sexo masculino, deveria ser consagrado ao Senhor. Com este gesto de obediência a lei e da entrega do seu filho a Deus, Maria e José nos dão um grande exemplo de responsabilidade para com o que é de Deus, conscientizando-nos de que a vida dos nossos filhos, não nos pertence, eles são de Deus, somos apenas depositários destes tesouros… O rito da purificação da mãe e da apresentação do menino Jesus no templo, mostra-nos com clareza, que ao se encarnar, Deus, experimentou a nossa realidade, se submetendo a lei… Provavelmente, como qualquer um de nós, Jesus não fora isento nem mesmo dos conflitos familiares, basta lembrarmos, do início de sua vida pública, quando seus familiares tentaram impedi-lo de cumprir a sua missão, alegando que Ele estava louco. Mc 3,20-21 O texto que nos é apresentado é rico em detalhes, mostra-nos, que na apresentação do menino Jesus no templo, fica evidenciado a identidade do Salvador e através de um conjunto de elementos proféticos, é revelado o caminho da cruz o qual Ele haveria de percorrer. Em se tratando da apresentação do próprio Filho de Deus, este ritual adquire um significado muito profundo, estreitamente ligado ao mistério da encarnação. Diferente dos demais ritos, quando os pais apresentavam seus filhos a Deus, com Jesus aconteceu o inverso, é Deus quem apresenta seu Filho aos homens, pela boca do profeta Simeão juntamente com a profetiza Ana… Os olhos de Simeão, enxergaram longe, viram naquele menino, ainda totalmente dependente do humano, a salvação do próprio humano… Na narrativa, Maria permanece em silencio, certamente, ela ainda não havia entendido tudo a respeito da trajetória do filho, mas acolhe as profecias de Simeão sobre o seu futuro. Após ter tido a felicidade de ter o Messias em seus braços, Simeão sente que já podia partir deste mundo, afinal, seus olhos já haviam visto o que ele tanto esperava: a “libertação do povo de Israel”. Contemplando o Messias em seus braços, Simeão pensou somente no bem do povo, já que ele, não iria usufruir da alegria de conviver com Jesus… Simeão e Ana, representam o povo fiel, o povo persistente que não perde a esperança, porque confia nas realizações das promessas de Deus. Contemplemos a figura de Simeão, tomando para nós, o seu exemplo, exemplo de um homem que enxergar longe, que apesar da fragilidade de sua idade avançada, sonhava grande! Assim como o profeta da esperança, sejamos também persistentes em nossas esperas confiantes na realização dos nossos sonhos, afinal, se temos Deus conosco, tudo nos será possível. Sejamos como Simeão e Ana: profetas da esperança.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho