Espanha e Grécia retomaram a obrigatoriedade do uso de máscara em lugares abertos; Equador tornou a vacinação obrigatória
Os contágios por Covid-19 prosseguem em alta no mundo na véspera do Natal, consequência da rápida propagação da variante Ômicron, que motivou a Espanha e a Grécia a impor novamente o uso obrigatório da máscara nas ruas a partir desta sexta-feira (24).
Em seu discurso de Natal, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson fará um apelo aos compatriotas para que recebam a vacina contra a Covid-19, depois que o país superou nos últimos dois dias a marca de 100 mil novos caso de coronavírus em 24 horas.
Para o Natal, “sempre há algo maravilhoso que você pode dar de presente para sua família e o país inteiro (…) se vacinar, seja a primeira, a segunda ou a dose de reforço”, afirma na mensagem que será veiculada nesta sexta-feira.
Na região da Catalunha, na Espanha, as autoridades retomaram o toque de recolher da 1h00 às 6h00 e limitaram, antes das festas de Natal, limitaram os encontros para no máximo 10 pessoas.
A Grécia determinou o uso da máscara em locais fechados e abertos a partir desta sexta-feira até o dia 2 de janeiro. “Há muito movimento durante as festas de fim de ano e as multidões se reúnem a céu aberto”, disse o ministro da Saúde, Thanos Plevris.
O governo da Itália também pretende retomar a obrigatoriedade da máscara em locais abertos, mas não divulgou a data que a medida entrará em vigor.
Nos Estados Unidos, onde a variante Ômicron é dominante, 265.770 novos casos foram registrados na última quinta-feira (23), mas o balanço não dissuadiu milhões de cidadãos de viajar para celebrar o Natal e o fim do ano com suas famílias.
Mais de 109 milhões de pessoas devem viajar de avião, trem ou carro entre 23 de dezembro e 2 de janeiro no país, número 34% maior do que no ano passado.
Os deslocamentos são acompanhados por um aparente aumento no ritmo de vacinação, especialmente das doses de reforço – o país aplicou 1,3 milhão destas doses nas últimas 24 horas.
“O melhor presente que podem receber é uma dose de reforço”, tuitou Cyrus Shahpar, diretor da Casa Branca para dados sobre a Covid-19.
Vacina obrigatória no Equador
O Equador tornou obrigatória a vacinação contra a Covid-19 para a sua população a partir dos cinco anos de idade por causa da variante Ômicron, o primeiro país do mundo a anunciar a medida.
No Equador, 69% dos 17,7 milhões de habitantes estão com o esquema vacinal completo.
O Chile, com mais de 86% da população totalmente vacinada, anunciou que vai aplicar uma quarta dose do imunizante anticovid a partir de fevereiro, a começar pelos grupos mais vulneráveis.
E o número de vacinas disponíveis aumentou na quinta-feira com a aprovação da Organização Mundial da Saúde ao primeiro fármaco produzido na América Latina, uma versão da vacina da AstraZeneca fabricada em conjunto pela argentina mAbxience e a mexicana Laboratórios Liomont.
Estudos na África do Sul, Escócia e Inglaterra mostram que a Ômicron apresenta menor risco de hospitalização do que a variante delta.
De acordo com a agência de saúde britânica, as pessoas infectadas com a nova cepa têm 50-70% menos probabilidades de internação.
Os cientistas, no entanto, pedem cautela. Embora a infecção seja menos virulenta, por sua propagação mais rápida, a Ômicron pode afetar mais pessoas, o que faria com que, em termos absolutos, o número de hospitalizados e mortos aumentasse em um ritmo que provocaria o colapso do sistema de saúde.
(R7)