Estado de saúde é grave. Fonte da polícia confirmou a jornal que os agentes dispararam várias vezes para o alto em distrito de Tsuen Wan
Um manifestante que participava dos protestos em Hong Kong, no dia do 70º aniversário da República Popular da China, foi baleado no peito nesta terça-feira (1º) pela polícia local e está internado em estado grave, de acordo com informações do jornal de Hong Kong South China Morning Post.
Uma fonte da polícia que não se identificou, citada pelo jornal, confirmou que os agentes dispararam várias vezes para o alto no distrito de Tsuen Wan, e que um dos tiros atingiu uma pessoa.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, um jovem identificado como Tsang Chi-kin está caído no chão, com sangue no peito, pedindo para ser levado ao hospital.
“Meu peito dói, me levem ao hospital. Necessito ir ao hospital”, diz o ferido.
Seu amigo afirmou ao jornal que Tsang Chi-kin está passando por cirurgia no Hospital Princess Margaret.
Ele seria estudante do quinto grau, que, no sistema educacional de Hong Kong, só pode ser acessado por estudantes com pelo menos 16 anos de idade.
Em fotos publicadas pelos veículos de imprensa de Hong Kong mostram o jovem, pouco depois, recebendo atendimento médico, com uma máscara de oxigênio no rosto, e com o peito descoberto, onde eram vistos traços de sangue.
Contactada pela Agência Efe, a polícia disse que estava tentando verificar as informações.
Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Hong Kong hoje, mesmo com os protestos convocados não possuindo autorização policial, para comemorar o que chamaram “dia de luto nacional”, enquanto na China continental celebra o 70º aniversário da fundação da República Popular.
Os protestos, que se tornaram massivos em junho após uma polêmica proposta de lei de extradição, ocorreram quase quatro meses na região administrativa especial e sofreram mutações para se tornarem um movimento que busca melhorar os mecanismos democráticos que a regem e uma oposição ao autoritarismo de Pequim.
No entanto, alguns manifestantes optaram por táticas mais radicais do que os protestos pacíficos e confrontos violentos com a polícia são comuns. (R7)