Por Olívia Coutinho
Em pleno Advento, a Igreja nos convida a reverenciar Maria na sua Imaculada Conceição. É como se a Igreja quisesse nos dizer, que é impossível celebrar o Natal de Jesus, sem lembrar de sua Mãe! O Papa Paulo VI, em sua exortação apostólica Marialis Cultus, disse: “No início de dezembro e no coração do Advento, a Igreja coloca a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, apontando-nos esse tempo como tempo de Maria por excelência, mais que qualquer outro tempo litúrgico, pois é nele que a vemos na mais intima relação com o seu filho”. Como sabemos, não existe intimidade maior do que a intimidade entre uma mãe e o filho que está sendo gestado no seu ventre! Imaculada Conceição de Maria, não se trata de um título, é um dogma, não o confundamos com os inúmeros títulos atribuídos a Maria. Imaculada Conceição se refere à pessoa de Maria, é uma confirmação de que ela foi concebida sem a mancha do pecado, um dom concedido por Deus, que ela recebeu ainda no ventre de sua mãe e o preservou em toda sua existência. A palavra de Deus, que chega até a nós, no evangelho de hoje, nos convida a atualizar o mistério da encarnação, deixando Jesus entrar na nossa vida, como Maria deixou Ele entrar na vida dela! O texto vem confirmar, que os planos de Deus, não seguem a lógica dos homens, Deus poderia ter vindo até a nós, por si próprio, mas Ele quis depender do humano, passar pelo mesmo processo que nós passamos no ventre de nossas mães para chegar ao mundo. A escolhida para que Jesus pudesse fazer este trajeto, foi Maria, uma humilde jovenzinha, que morava numa cidadezinha, situada aos redores da Galileia, chamada Nazaré. Foi a esta jovenzinha, prometida em casamento a um homem chamado José, que Deus enviou o seu mensageiro para fazer-lhe uma proposta desafiadora: gerar o seu Filho, àquele que viria libertar o povo das mãos do inimigo. O projeto de Deus, em favor da humanidade corrompida pelo pecado, começa a se desenvolver a partir do sim de Maria! A iniciativa foi do Pai, o “sim” foi de Maria, foi o “sim” que marcou o início da nossa Redenção, que mudou a nossa história, dividindo-a em antes e depois. Na sua simplicidade, Maria estava longe de compreender algo tão grande: ser a Mãe do Salvador! Tudo o que lhe fora comunicado pelo o Anjo, era de difícil compreensão para ela, mas mesmo sem entender, ela não hesitou em dar o seu sim a Deus, colocando-se inteiramente a seu dispor. Todas as incertezas de Maria, deram lugar à certeza quando o Anjo lhe revelou a promessa de Deus, de que o Espírito Santo lhe daria total assistência no mistério da encarnação… Com o “sim” de Maria, abriram-se as cortinas de uma nova era, o sonho de Deus se concretiza, inicia-se a construção de um novo Reino, um Reino de amor de justiça e de paz… Uma das mais belas formas de agradecermos a Deus pela a imensidão do seu amor, é responder ao seu chamado, com a mesma coragem de Maria, com um sim, que não fique somente na palavra, mas que a exemplo desta grande mulher, nos coloque à serviço do Reino. Para dizer “Sim” a Deus, não precisamos saber exatamente o que Ele quer de nós, basta nos colocarmos diante Dele, como servos, como fez Maria: “Eis aqui o (a) servo (a) do Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade!” Meu irmão e minha irmã: com Maria e como Maria, apresentemo-nos a Deus, com o firme propósito de dar Ele o nosso sim, um sim de fidelidade ao projeto de Deus! Com a Mãe de Jesus, descobrimos um jeito simples de ser feliz, que é amar, amar e amar. Maria Santíssima: rogai por nós…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho