Em entrevista ao Pânico, Jessica Ramos Moreno também falou sobre sua relação com a política: ‘Vi que tinha algo de errado e nunca gostei de injustiça’
Nesta segunda-feira, 8, o programa Pânico recebeu a vereadora de Londrina, Jessica Ramos Moreno (PP). Conhecida como ‘Jessicão’, ela falou sobre seu descontentamento com as políticas dos governos do PT sendo parte da comunidade LGBT. “Comecei a pesquisar o que era política e conversar com pessoas que sabiam mais que eu. Nunca tinha me interessado por política. Vi que tinha algo de errado e nunca gostei de injustiça. Pesquisei e entrei na briga. Eu nunca precisei que ninguém me defendesse, eu aprendi. Quando vi que as pessoas ficam nessa de ‘vítimas da sociedade’, isso começou a me irritar. Muitas pessoas gostam do papel de vítima e o PT abraçou os coitadinhos.” Abertamente apoiadora de Jair Bolsonaro, Jessicão disse sofrer ameaças constantemente. Para ela, a defesa de minorias é diferente a depender da ideologia política. “Ameaças são o que sempre estou recebendo. Eu e minha esposa não podemos pisar num barzinho gay, uma balada, o pessoal pega a gente na porrada. Eu moro num prédio universitário em frente à universidade estadual da cidade, a cada semana aparece um brinde na minha moto, um pneu furado, um banco rasgado. Um travesti me mandou no Instagram dizendo que ia me pegar na porrada. Eu queria mesmo que me pegasse na porrada para dizer que um homem bateu numa mulher. Faço questão de mostrar os xingamentos, pois quando é uma lésbica de esquerda, protegem; mas se for de direita bolsonarista, é pau nela.” A vereadora ainda falou sobre a recepção que teve na Câmara de Londrina após ser eleita: “Sou abraçada pela galera da direita, nunca sofri preconceito. É engraçado, no começo eles tinham receio, eu tinha a cabeça raspada, sou tatuada”, disse. Quando perguntada sobre a homofobia no Brasil, Jessica afirmou acreditar que os problemas do país acontecem por falta de respeito entre a população. “Não vejo o Brasil como um país homofóbico, é um pais que não ensinou a respeitar os outros. A maior parte dos assassinatos por homofobia foi porque alguém estava rebolando e provocando a ponto de ser homofóbico. As pessoas não foram ensinadas a respeitar umas às outras.”
Confira na íntegra a entrevista com Jessica Ramos (Jessicão):