Por Olívia Coutinho
Jesus, ao assumir a natureza humana, assumiu-a por inteira, exceto no pecado. É um engano pensar, que Jesus, por ser Deus, suas dores não tenham sido tão intensas quanto as nossas… É bom conscientizarmos: Jesus passou pela mesma experiência que passamos: Ele chorou, sentiu dor como qualquer um de nós… O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, é profundo, nos convida a meditar sobre um momento decisivo na vida de Jesus, momento em que Ele busca no Pai, o discernimento para a escolha daqueles que ficariam responsáveis em dar continuidade a sua missão aqui na terra. O texto mostra-nos o quão Jesus era dependente do Pai, antes de tomar qualquer decisão, Ele recorria ao Pai. Como sabemos, Jesus tinha muitos discípulos, e como seria impossível instruir bem uma multidão, Ele quis formar um pequeno grupo, o qual Ele poderia dedicar-se mais de perto na formação destes que mais tarde iriam dar continuar a sua missão aqui na terra. Evidentemente, um grupo pequeno, participando diretamente do seu cotidiano, teria muito mais condições de absorver melhor os seus ensinamentos, tanto pela escuta da sua palavra, quanto pelo o seu exemplo. Jesus não quis fazer as escolha destes doze discípulos por si só, provavelmente, para não se deixar levar pelo o seu lado humano, isto é, escolher os mais bonzinhos, aqueles que Ele tinha mais afinidade. Para fazer esta escolha, Jesus buscou discernimento no Pai e depois de uma noite inteira em oração, Ele já estava certo de quais seriam os que o Pai havia destinado para serem os seus primeiros colaboradores. Com a escolha dos doze apóstolos, é formada a primeira comunidade cristã, o embrião da igreja de Jesus… É interessante perceber: esta escolha, não caíra sobre homens especiais, e sim, sobre pessoas comuns, pessoas dotadas de virtudes e defeitos como qualquer um de nós, o que nos mostra a diferença entre os critérios dos homens e os critérios de Deus. Os homens escolhem pessoas capacitadas para formar uma equipe, enquanto que Deus, primeiro escolhe, depois capacita os seus escolhidos. Como os primeiros apóstolos, nós também, somos escolhidos por Deus, para sermos continuadores da presença de Jesus no mundo com o compromisso de difundir o evangelho, de fazer com que o Reino de Deus aconteça no meio em que vivemos… Precisamos subir a “montanha,” nos isolar do mundo por alguns instantes, para um encontro com o Pai, após este encontro, o próprio Pai nos remete à “planície” prontos para entrarmos em ação… A oração é sinal de dependência de Deus, de quem reconhece a sua limitação e recorre Àquele que tudo pode… Meu irmão e minha irmã: Antes de tomarmos uma decisão, façamos como Jesus, subamos à “montanha” e busquemos discernimento no Pai, através da oração… Oração e ação: “subir à montanha e descer à planície” foram movimentos constantes na vida de Jesus e devem ser constantes na nossa vida também…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho