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OPINIÃO: Alex Saab e “Lo Pollo” acabam com as dúvidas: Lula é o grande aliado dos narcoregimes da Venezuela e de Cuba

por Ornan Serapião
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Fotomontagem reprodução
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O cerco aos amigos, facilitadores e promotores do narco-regime da Venezuela, de Nicolás Maduro, está apertando cada vez mais.

Na última semana, vários eventos muito relevantes provam que, apesar dos tempos sombrios e de perplexidade que vivemos, o farol da Liberdade não para de nos iluminar na luta contra os regimes comunistas criminosos: Hugo Carvajal “Lo Pollo” continua falando e contando detalhes muito expressivos sobre personalidades e empresas amigas da Venezuela por esse mundo fora; Alex Saab – o libanês-colombiano servidor do regime de Maduro e operativo de Tareck El-Aissami – viu a sua extradição para os EUA confirmada e parece estar modificando a sua estratégia de defesa.

Num primeiro momento, Alex Saab (seguindo o conselho do seu advogado Baltazar Garzón) preferiu manter o seu contato com o regime venezuelano, até ensaiando algumas iniciativas públicas de apoio às iniciativas políticas do Governo de Nicolás Maduro de conciliação com a (pretensa) oposição.

O objetivo era claro: criar a ideia de que Alex Saab estava comprometido com o interesse superior do povo venezuelano, e não somente dos seus dirigentes políticos atuais.

Ao manifestar o seu apoio ao diálogo entre Maduro e os seus (falsos) opositores, Alex Saab lograva concitar o apoio nacional, em termos unitários, do povo venezuelano à sua causa para que a Venezuela – todos os seus políticos – tomassem a causa da sua defesa como uma alta prioridade política nacional.

Desta forma, Saab – num gesto típico das estratégias montadas por Baltazar Garzón – acreditava que a Venezuela faria forte pressão internacional para evitar a sua extradição para os EUA; e, no limite, colocaria a transferência de Alex Saab de Cabo Verde para Caracas como uma exigência incondicional para um acordo de Governo de salvação e unidade nacionais com reconhecimento internacional.

Nicolás Maduro e a (pretensa) oposição já por si controlada estava, pois, disposto a montar uma bela, conquanto fútil, encenação política para salvar Alex Saab de ser devidamente julgado pela Justiça dos EUA.

Porquê? Porque, na verdade, Nicolás Maduro tem noção exata de que o julgamento de Alex Saab é também (ou principalmente) o julgamento do seu regime corrupto, narcotraficante e assassino.

Julgar Alex Saab será também julgar Maduro e os seus correligionários.

Estando Alex Saab na Federal Detention Center (FDC) de Miami, Nicolás Maduro perde totalmente o controle sobre o conteúdo das declarações de Alex Saab às autoridades norte-americanas.

Pois bem, Alex Saab – que surgiu em Miami com uma compleição abatida, de derrotado, visivelmente esgotado (vide foto em baixo) – está mudando de estratégia, tendo já prestado informações relevantes à DEA (que realizou mais um excelente trabalho em prol da segurança dos EUA e, mais amplamente, da segurança de todo o mundo livre) sobre ligações do narcoregime venezuelano a políticos brasileiros e europeus.

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Dito isto, máxima prudência recomenda-se: Alex Saab, embora pese a sua aparente mudança de estratégia de defesa, tem um perfil psicológico muito peculiar, que o aparta de outros criminosos do regime venezuelano. Efetivamente, Saab é um operativo, um homem do terreno, de uma enorme frieza com uma ausência quase absoluta de emoções – Alex Saab é tão capaz de manipular emocionalmente políticos na Turquia, em Marrocos, em Espanha ou no Brasil como é capaz de, no segundo seguinte, disparar o gatilho para matá-los.

Alex Saab é conhecido como uma das pessoas mais perigosas do círculo restrito de Nicolás Maduro – um homem capaz dos atos mais desumanos, só rivalizando em crueldade com o seu mentor/patrão Tareck El-Aissami.

Podemos aqui adiantar que Alex Saab já mencionou nomes de personalidades de Marrocos, da Espanha, um nome de Portugal – e um apoiante e ajudante de Lula da Silva de há muitas décadas como sendo peças cruciais nos esquemas de narcotráfico e branqueamento de capitais que montou.

Dito isto, há alinhamentos históricos que, de fato, parecem ditados pela Justiça divina: a extradição e mudança de estratégia de Alex Saab coincidem cronologicamente com a detenção e iminente extradição para os EUA de uma outra figura chave nos esquemas criminosos de Nicolás Maduro e sua entourage, Hugo Carvajal “Lo Pollo”.

Como nós já avançamos anteriormente aqui no JORNAL DA CIDADE ONLINE, inexistem quaisquer fundamentos jurídicos para Espanha impedir a extradição de “Lo Pollo” para os EUA: Baltazar Garzón tentou, novamente, enganar as autoridades jurídicas espanholas com o argumento patético de que “Lo Pollo” era um perseguido, que merecia o estatuto de asilado político. Este argumento já havia sido utilizado por Garzón em Cabo Verde a favor de Alex Saab: o advogado espanhol, ex-juiz e muito próximo de Cristina Kirchner da Argentina, foi humilhado pelos tribunais cabo-verdianos e está sendo agora no seu país natal.

O financiador das defesas de Saab e de “Lo Pollo” é o mesmo: uma outra personalidade de relevo do regime chavista-madurista, Wilmer Ruperti, que está agora sendo julgado por sua violação das sanções dos EUA contra o regime comunista da Venezuela. Ruperti é um apoiante do PT e um elo de ligação entre Lula da Silva (e o seu núcleo mais próximo) e Caracas.

Esta semana, perante a Audiência Nacional de Espanha (Tribunal de Espanha que tem competência em matéria de extradição), diante dos juízes espanhóis, Hugo Carvajal “Lo Pollo” – antigo chefe dos serviços de inteligência de Hugo Chavez e Maduro – declarou claramente, sem rodeios, que Lula da Silva foi o homem que permitiu o sucesso das operações de narcotráfico ao autorizar a instalação de bases estratégicas em território brasileiro. Do Brasil, a droga – maioritariamente, cocaína made in Colômbia e Venezuela – era transportada para a Guiné-Bissau e daí para a Europa.

Segundo Hugo Carvajal “Lo Pollo” – afirmações proferidas em sala de audiência judicial, perante os juízes espanhóis – Lula da Silva deu instruções ao sistema bancário brasileiro para permitir todas as operações de lavagem de capitais em benefício da elite política da Venezuela, de Cuba e do Irã.

Daí que, durante os mandatos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, os terroristas do Hezbollah tenham aumentado significativamente a sua presença no Brasil, usando os bancos brasileiros como plataformas de financiamento da sua atividade criminosa a nível planetário.

Hugo Carvajal “Lo Pollo” contou detalhes da coação que as administrações de Lula da Silva e Dilma Rousseff exerceram sobre os bancos (e seus administradores) que se recusaram a praticar os crimes de lavagem de dinheiro criminoso da elite venezuelana, cubana e do Irã.

Os administradores de tais bancos foram perseguidos, prejudicados nas suas carreiras e destruídos socialmente com a ajuda dos serviços de inteligência de Cuba e de agentes encobertos do Hezbollah.

Como se constata, o regime venezuelano está aflito, percebendo que a sua margem de manobra é cada vez menor.

E “Lo Pollo” confirma que Lula da Silva é um Hugo Chavez que fala português e tem um duplex.

Atendendo às declarações judiciais do antigo chefe dos serviços de inteligência da Venezuela, Lula da Silva é mais perigoso do que Nicolás Maduro.

Oxalá o povo brasileiro não queira transformar a sua bela e grandiosa Pátria numa “Nova Venezuela”.

Que não se dance aqui o samba dos narcoregimes.

Foto de João Lemos Esteves

João Lemos Esteves

Articulista. Diretor do INISEG (Instituto de Estudos de Segurança Internacional) USA. 

Matéria publicada originalmente no jornal da cidade online em 22.10.2021

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