O filho da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, Vasco Rusciolelli, admitiu em delação premiada no âmbito da Operação Faroeste, que, sem o conhecimento da mãe, dividiu salários com os funcionários do gabinete dela. A prática é conhecida popularmente como “rachadinha”.
Vasco admitiu que recebia mensalmente metade das remunerações líquidas de quatro funcionários do gabinete de Sandra Inês. Mas o documento traz cinco nomes: Yasmin Souza Lopes; Heloina Cayres; Ruth Pereira; José Carlos Leal Primo; e Felipe Bandeira (SAC – Lauro De Freitas).
Em outro trecho, a delação sinaliza que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), criado pelo então presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesivaldo Britto, tinha o objetivo de coagir e pressionar os colegas que não aderiam aos “intentos criminosos” decidindo favoravelmente a organização criminosa.
A delação traz então que nesse trilhar foi instaurado um procedimento preparatório (PP) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora Sandra Inês Rusciolelli sob suspeita do crime conhecido como rachadinha. E que, a pedido do secretário Judiciário do TJ-BA, Antonio Roque do Nascimento, instaurou-se uma investigação não oficial para coagir a desembargadora delatora, “mesmo sabendo que não havia envolvimento no caso da mesma”. (BN)