O presidente Jair Bolsonaro disse que tem recebido “recados de dentro do Senado Federal” para trocar a indicação do nome ao cargo em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
A fala foi durante a cerimônia de abertura da 1ª Feira do Nióbio, em Campinas (SP), nesta sexta-feira (8), quando explicava as absurdas acusações feitas contra ele na CPI da Pandemia, que estaria sendo utilizada justamente como “objeto de troca” nesta chantagem.
“Onde vai acabar isso, quem perde com isso? Esses desacertos e desencontros, essas críticas vazias, como temos um problema sério pela frente, agora que eu indiquei um excepcional jurista para o Supremo e que é evangélico também. E tem corrente que não quer, quer impor e chega recado – a gente resolve CPI, a gente resolve tudo, mas me dê a vaga do Supremo”.
O presidente indicou o ex-ministro da Justiça André Mendonça para a vaga ao STF na primeira quinzena de julho deste ano, mas Davi Alcolumbre, presidente da CCJ do Senado, tem se recusado a marcar a data da sabatina.
A revelação de Jair Bolsonaro indicaria que a decisão de Alcolumbre, portanto, não é individual e envolveria mais parlamentares e grupos de dentro do próprio Senado e talvez até da Câmara e lideranças partidárias, considerando o grande número de pessoas com interesses pessoais nas decisões que partem do Supremo.
Para se chegar a essa conclusão, basta olhar “para os que estão no comando da CPI”, com destaque para Renan Calheiros e Omar Aziz, cujo futuro político e pessoal está nas mãos dos juízes da Corte.
A afirmação de Bolsonaro assusta, mas não surpreende, além de revelar o que está por trás das desesperadas ações para tirá-lo do poder!
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