WASHINGTON, 8 OUT (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se tornou o primeiro mandatário do país a firmar uma proclamação que determina a celebração do Dia dos Povos Indígenas. A assinatura ocorreu nesta sexta-feira (8).
A data será comemorada em 11 de outubro, juntamente com o dia que celebra Cristóvão Colombo e que foi criado pelo Congresso.
“Por gerações, as políticas federais buscaram assimilar e remover o povo nativo, erradicar as suas culturas. Hoje, reconhecemos a resiliência e a força dos povos indígenas, como o imensurável impacto positivo que tiveram em cada aspecto de nossa sociedade”, afirmou Biden.
Os questionamentos sobre o “Columbus Day” vieram na esteira dos protestos que lembram das atrocidades cometidas pelos exploradores quando chegaram nas Américas. Essa invasão dos europeus causou uma dizimação de povos nativos.
“Hoje, nós também temos conhecimentos da trágica histórica de erros e de atrocidades cometidas por muitos exploradores europeus contra as nações tribais e as comunidades indígenas. É uma medida de grandeza como nação que nós não busquemos enterrar esses episódios vergonhosos do nosso passado – que nós precisamos enfrentar honestamente, nós precisamos trazê-los à luz, e fazemos tudo o que podemos para isso”, acrescentou o presidente.
A onda de protestos contra a colonização ocorreu de maneira conjunta com os protestos antirracistas após a morte de George Floyd, em maio do ano passado.
Diversos monumentos que enalteciam os europeus conquistadores foram derrubados e alguns governos locais aprovaram a remoção dessas estátuas.
À época, o então presidente Donald Trump “lamentou” que os “ativistas radicais” quisessem “destruir o legado de Colombo”, classificando os europeus como “heróis”. (ANSA).