MS: Morre paciente de Covid que estava com suspeita de fungo negro

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Médico atende paciente de “fungo negro” no hospital NSCB de Jabalpur (Índia) em 20 de maio de 2021 – AFP

Morreu nesta quarta-feira (2) o paciente de 71 anos que estava internado com Covid-19 e suspeita de fungo negro, no Hospital Adventista Pênfigo, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. O óbito foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). As informações são do jornal Midiamax e istoe.

O homem teve os primeiros sintomas da Covid-19 em 9 de maio, mas só no dia 18 foi diagnosticado com a doença. No dia 28, já hospitalizado, o idoso começou a apresentar sintomas do fungo negro no olho esquerdo, como hemorragia, lesão e inchaço.

Ainda de acordo com o jornal, com a suspeita para a mucormicose, o hospital notificou a Sesau sobre a gravidade do caso. Ele chegou a ter vaga para transferência para um outro hospital, mas acabou morrendo antes.

De acordo com um boletim do Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária em Saúde), em 28 de maio o idoso “apresentou suspeita de mucormicose no olho esquerdo com equimose palpebral intensa e lesão necrótica superior poupando a borda, apresentando quemose conjuntival sanguinolenta e úlcera corneana”. Segundo o boletim informou na época, o paciente estava “sem condições para transferência para instituição de maior complexidade”.

A murcomicose, popularmente conhecida como “fungo negro” está atingindo a Índia, onde já foram registrados mais de 9 mil casos de infectados, e, em menor escala, o Brasil.

O fungo negro ocorre quando há exposição a um tipo de mofo encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição. A mucormicose afeta os seios da face, cérebro e pulmões, além de poder ser fatal em diabéticos ou em indivíduos gravemente imunodeprimidos.

A taxa de mortalidade geral é de 50% e pode ser desencadeada pelo uso de esteroides, tratamento que é usado na recuperação de casos graves de covid e pessoas com doenças críticas.

Em situações normais, o sistema imunológico consegue combater o avanço do fungo e evitar agravamentos, mas em cenários onde o corpo está debilitado, como na covid-19, o mecanismo de defesa pode não dar conta de conter a murcomicose.