A demissão de Alexandre Garcia apenas expôs a antiga e conhecida realidade do jornalismo: a liberdade de expressão sempre foi limitada pelos interesses dos donos dos grupos de comunicação. O mais simbólico neste caso é que o quadro do qual ele participava se chama Liberdade de Opinião.
O quadro segue no ar com as opiniões aceitas pela empresa. Normal.
O que não era normal, mas se tornou nas duas últimas décadas é que a internet ajudou a quebrar a hegemonia dos grandes grupos de mídia sobre a opinião pública majoritária, por isso eles apoiam deliberadamente ou veladamente vários tipos de censura, banimento prévio de redes sociais e até prisões políticas de jornalistas. Tudo sob o pretexto de combate a “fake news”.
Mas é para o bem de todos, “pode confiar “.
Obviamente, os donos desses grupos de mídia deixam o protagonismo da legalização da censura para os militantes anti-Bolsonaro, que estão cegos o suficiente para fazerem esse papel de trouxa, cavarem a própria cova e serem responsabilizados na História um dia.
No passado, jornalistas comunistas também formaram um bom time com donos de grandes grupos de comunicação. Eram ótimos para falar mal de empresas capitalistas malvadas e políticos que, depois, compravam anúncios e/ou patrocinavam projetos dos jornais para serem bem falados. Ainda funciona assim.
Enfim, justiceiros sociais sempre foram os cães barulhentos dos donos dos grandes grupos de mídia. Mas os jornalistas do passado ao menos eram competentes. Os de hoje estão em um nível tão baixo que não dá nem para chamar de burros, para não ofender os animais.
Tanto que estão aí defendendo censura, controle estatal da liberdade de expressão e ainda se acham heróis.
Herbert Passos Neto
Opinião Política.
JCO