Dupla é presa pela segunda vez em operação contra cartel de empresas que prestam serviços ao Detran-BA

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Operação foi deflagrada na sede de empresas e na casa dos investigados, em Salvador e Lauro de Freitas — Foto: Divulgação/MPBA

A dupla Adriano Muniz Décia e Catiúcia de Souza Dias foi presa pela segunda vez em uma operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) que investiga um esquema de cartel de empresas que prestam serviços ao Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA). As autoridades apontam os dois como líder e gerente operacional do grupo criminoso que articulava o esquema fraudulento. Em fevereiro deste ano, ambos foram presos, mas foram soltos no mesmo mês. Agora, eles foram presos por mandado de prisão preventiva. As fraudes foram identificadas na prestação de serviços de estampamento de placas dos veículos. Houve um restabelecimento, com base em uma nova denúncia do MP-BA, das prisões de Adriano e Catiúcia. Na nova denúncia, os dois são suspeitos dos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, há uma conjunto robusto de de provas dos crimes. Assim, a determinação da prisão veio por causa do “risco iminente de dano irreparável à ordem econômica e à ordem pública”. A desembargadora Ivete Caldas do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), atendendo a pedido do MP-BA, por meio do Gaeco, determinou a prisão da dupla.

Cartel Forte

A operação Cartel Forte teve início no dia 10 de fevereiro deste ano, contra empresários que prestam serviços ao Detran-BA. Na época, a ação cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em Salvador e Lauro de Freitas. Os empresários que as autoridades investigam atuam no ramo de estampamento de placas de veículos e teriam se unido a fim de formar um cartel. Dessa forma, eles fazem uso de várias empresas em nomes de laranjas e familiares. Ainda conforme o MP-BA, eles mantinham o esquema criminoso há mais de 30 anos. De acordo com as investigações, os membros da organização costumavam cobrar uma quantia considerável a empresários que queriam credenciar as suas empresas no ramo de estampamento. Ademais, eles também alteravam no sistema a escolha feita pelo consumidor na hora da compra, com o intuito de direcioná-lo para as participantes do esquema. Na época, o MP-BA afirmou que não era possível calcular o valor exato do prejuízo à população, já que a concorrência nesse tipo de crime praticamente veta a concorrência, e o preço para o estampamento de placas acaba sendo tabelado pelo grupo criminoso. Com informações do G1