Rodrigo Maroni, deputado estadual eleito pelo Rio Grande do Sul, conhece de perto a esquerda, e nada como saber a opinião de quem esteve lá, dentro do sistema. Segundo ele, a oposição está dividida e enfraquecida:
“A esquerda não consegue mais organizar setores sociais, tem uma divisão muito grande entre eles, o que também gera uma confusão muito grande até nos adeptos ou aqueles que historicamente tiveram uma afinidade com o campo da esquerda.
Ficou uma disputa simples e puramente de tentar garantir suas bases eleitorais ou criar um nome em torno de um processo eleitoral do ano que vem. A fragilidade está evidente, a gente viu manifestações com cinco, seis mil pessoas. Coisas que alguns anos atrás nem o movimento estudantil, nem setores sociais pequenos juntavam tão pouca gente”, ressaltou.
E Maroni continuou disparando a metralhadora de verdades:
“A exemplo da manifestação do dia 12, eles já estão se matando entre eles mesmos, se pegando no pau, então, tinha gente desde pedindo a volta do Temer, até pessoas defendendo, por exemplo, o liberalismo. Outras pessoas defendendo o Ciro Gomes, ou seja, sem nenhum tipo de organização. O PCdoB estava lá, o Orlando Silva.
Eu imagino, por exemplo, como uma pessoa da população vai entender isso. Kim Kataguiri, o Fernando Holiday e o Mamãe Falei xingaram o Ciro há um ano, agora estão junto com ele, junto com Orlando Silva. Isso gera uma confusão. Eu acho que, mesmo aquele militante, aquela pessoa que ainda tinha alguma crença de que o projeto dessa centro esquerda tivesse alguma alternativa, fica extremamente confusa.
Então, eu acho que é uma incapacidade, uma incompetência e um conglomerado de muitas pessoas burras juntas. Quando se tem muita incapacidade intelectual e pouco repertório acontece esses fracassos”, ressaltou.
