Por Olívia Coutinho
Em meio a tantos adversários do projeto de Deus, Jesus vem nos trazer algo novo, uma proposta de vida nova, que ao contrário do mundo, prioriza o “ser” e não o “ter” …Vivemos numa sociedade materialista que ignora o “ser” e que tem parâmetro o “ter” uma sociedade fixada na ideia da competitividade que insiste em nos convencer de que o êxito da vida está no “ter”… Contaminados por esta mentalidade contrária ao evangelho, muitos vão desprezando os bens eternos, chegando a assimilar a falta de esperteza, como causa do seu não êxito na vida… O evangelho proposto para a nossa reflexão neste 25º Domingo do Tempo Comum, vem nos alertar sobre o risco que corremos, quando desconectamos de Jesus. Desconectados de Jesus, entramos na onda do mundo e assim, vamos ficando vulneráveis às ciladas preparadas pelo inimigo, os adversários do projeto de Deus, que insistem em nos convencer, de que a palavra de Deus está ultrapassada. O texto começa dizendo, que Jesus e seus discípulos, atravessavam a Galileia. Era nestes momentos às sós, que Jesus passava importantes ensinamentos para aqueles que dariam continuidade a sua missão, após sua volta para o Pai. A sós com Jesus, afastados das multidões, os discípulos conseguiam absorver melhor os ensinamentos de Jesus. Conhecedor das fraquezas humanas, Jesus estava sempre alertando os discípulos, quanto ao perigo deles se deixarem contaminar pela a mentalidade interesseira do mundo e assim, pôr a perder o projeto de Deus, que deveria se desenvolver no mundo, através deles. Os discípulos até então, tinham muitas dificuldades em entender o messianismo de Jesus e mais dificuldades tiveram ainda, quando Ele começou a falar sobre o desfecho de sua trajetória terrena, da sua morte de cruz… Mesmo estando juntos de Jesus, participando diretamente do seu cotidiano, os discípulos, ainda não haviam entrado na dinâmica do Reino. Enquanto Jesus falava de sua morte e ressurreição, eles estavam em outra sintonia, estavam preocupados em se autopromoverem, querendo saber quem seria o maior entre eles, ou seja, quem ocuparia o lugar de Jesus, após a sua morte. “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último, aquele que serve a todos” Com essas palavras, Jesus alerta os discípulos e hoje a nós, sobre a importância de esvaziamos de nós mesmos, para nos tornarmos servos de Deus! E para mostrar o modelo de grandeza que agrada a Deus, Jesus toma consigo uma criança e a coloca no meio deles dizendo: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, estará acolhendo a mim mesmo…” Neste momento, Jesus convida os discípulos e também a nós, a despirmos da nossa vaidade, nossa mania de grandeza, para nos tornarmos puros como uma criança. A criança dentro deste contexto, representa todos os que têm um coração puro, um coração que não guarda rancores, a criança é o símbolo da pureza e da simplicidade… As palavras do evangelho, servem de alerta para todos, principalmente para os que exercem cargos de lideranças em suas comunidades. Precisamos eliminar tudo o que nos distância do projeto de Deus, desapegar das coisas do mundo, para nos tornarmos dependentes de Deus, como a criança é dependente dos seus pais! A chave que abre a porta do céu para nós, está nas mãos dos pequenos, não somente das crianças, mas todos os que estão às margens desta sociedade. Estes, que são os últimos aos olhos do mundo, são os primeiros aos olhos de Deus, estando do lado deles, estamos juntos de Deus! Em suas andanças aqui na terra, Jesus nos deixou um grande exemplo de humildade: mesmo sendo o Filho de Deus, Ele abriu mão de suas prerrogativas divinas, se fazendo pequeno no meio dos pequenos… A grandeza de Jesus, estava em sentir-se Filho, um Filho totalmente dependente do Pai! Coloquemos este exemplo de Jesus no nosso viver e com certeza seremos muito felizes.
QUE DEUA ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olívia Coutinho