Talvez o presidente ignore que “Deus, Pátria e Família” era o lema integralista
Passou despercebida a exortação “Deus, Pátria e Família”, no fim da “Declaração à Nação” assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Talvez ele próprio ignore que não são apenas palavras que exortam valores nos quais acredita: esse era o lema do Integralismo, movimento simpático ao fascismo, fundado no Brasil por Plínio Salgado na primeira metade do século XX.
Para o cientista político Paulo Kramer, foi “o único acréscimo da lavra de Bolsonaro à mensagem psicografada de Michel Temer.” A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
“Felizmente para o Planalto”, diz Kramer, “a deficiente formação intelectual de parte dos jornalistas impediu-os de perceber isso.”
Kramer reagiu com bom humor quando perguntado sobre a hipótese de o presidente concluir a Declaração usando “Anauê!”, saudação integralista.
Segundo ele, se visse a saudação integralista no documento, “a turminha estaria até agora procurando a tradução no Google…”