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PF cumpre mandados contra duas pessoas ligadas a Glaidson em ação contra esquema ilegal de bitcoins

por Ornan Serapião
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A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a segunda fase da Operação ‘Kryptos’

PF procura duas pessoas ligadas a Glaidson em ação contra esquema ilegal de bitcoins e pirâmideMarcos Porto / Agência O Dia

Rio – A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a segunda fase da Operação ‘Kryptos’, nesta quinta-feira, contra um esquema ilegal de bitcoins com suspeita de pirâmide na Região dos Lagos. Na primeira etapa, em 25 de agosto, os agentes prenderam Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, com sede em Cabo Frio. Ele é apontado de ser o chefe da organização criminosa.

Na atual fase, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva contra João Marcus Pinheiro Dumas Viana e Michael de Souza Magno.

Primeira fase da ‘Kryptos’

Glaidson aparece como sócio da G.A.S. Consultoria e Tecnologia, ativa há três anos e com capital social total de R$ 75 milhões, e também da G.A.S. Inovação, baseada em Barueri (SP) e com capital social total de R$ 1 milhão. Em ambas, ele é sócio com Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, venezuelana que seria sua esposa e está foragida. Na casa de Glaidson, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, agentes encontraram R$ 14 milhões em espécie, além de dólares e euros. A quantidade era tão grande que foram necessárias malas e um carro forte para transportar os valores até a sede da Polícia Federal, na Praça Mauá. Um Porsche e uma BMW também foram apreendidos, além de barras de ouro. Segundo as investigações, a empresa G.A.S. Consultoria, com sede em Cabo Frio, é responsável por um esquema de pirâmide chamado ‘ponzi’, que prometia um “insustentável retorno financeiro sobre o valor investido”. Pessoas aportavam grandes quantidades de dinheiro no esquema, que prometia lucros de 10% ao mês sobre o valor investido. O lucro, no entanto, não chegava – tudo o que entrava na empresa ficava com Glaidson e os sócios, segundo a PF. “Se pararmos pra olhar dentro do quadro social brasileiro, R$ 20 milhões é uma quantia exacerbada. Mas não podemos afirmar que ela é oriunda de prática criminosa”, afirmou o advogado Thiago Minagé, que defende Glaidson. “Não é nenhum crime ter um dinheiro em casa, a quantia sendo alta, ou baixa, desde que o dinheiro tenha origem lícita e seja de conhecimento dos órgãos competentes. Eu preciso que o cliente me passe as informações sobre o que foi apreendido. Ele diz que é lícito, e me passará os documentos comprobatórios”, completou o advogado. A operação da Polícia Federal em conjunto com o Gaeco, do Ministério Público Federal, e com a Receita Federal, cumpriu cinco mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão. Na ação desta quarta, agentes também apreenderam 591 bitcoins, o equivalente a R$ 147,7 milhões; 21 veículos de luxo; diversos relógios de alto valor, joias, celular e diversos documentos. (odia)

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