Deputado Boca Aberta é conhecido pelas polêmicas que protagoniza
O deputado federal Boca Aberta (Pros-PR), como é conhecido Emerson Petriy, demonstrou nesta quarta-feira (8), dia de trabalho e votações importantes, seu pouco apreço às exigências de trajes adequados para frequentar a Câmara dos Deputados.
Ele circulou no Salão Verde da Câmara vestindo calção, meião e tênis e uma camisa do seu time do coração, o Londrina, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.
O artigo 272 do Regimento Interno da Câmara e o Ato da Mesa nº 63, de 1980, definem que o traje indicado para os deputados é o passeio completo (calça, camisa, paletó e gravata). Para as mulheres, o uso de tailleur (blazer e saia) ou vestidos e sapatos sociais.
De acordo com esses dispositivos, trajes típicos regionais são aceitos, desde que atendam às normas do decoro parlamentar, mas não é permitido o uso de jeans, tênis ou chinelos.
O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) certa vez chegou a ser barrado na Câmara, ao se apresentar vestindo trajes típicos gaúchos, que são aceitos por não desrespeitarem o decoro parlamentar.
De acordo com a Câmara, durante a época do ano em que ocorre a cerimônia de posse, a temperatura em Brasília costuma ser alta, por isso recomenda o uso de “roupas confortáveis”, não cita entre estas calção, tênis e camiseta de time de futebol.
Trajetória polêmica
Boca Aberta é conhecido exatamente por sua paixão pelo clube paranaense e pelas polêmicas que protagonizou, como a acusação de haver agredido um oficial de Justiça.
Em abril deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu cassar seu diploma eleitoral de deputado federal Emerson Petriv, em processo relatado pelo ministro Luís Felipe Salomão.
Uma das alegações contra Boca Aberta, no TSE, foi uma condenação criminal por denunciação caluniosa, confirmada por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.
(DP)