A cerimônia fúnebre deve ocorrer nesta segunda-feira, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde. Ele foi assassinado no sábado (21/09/2019)
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDE/FACEBOOK
FERNANDO CAIXETAfernando.caixeta@metropoles.com
O corpo do sacerdote Kazimerz Wojn, conhecido pelos fiéis como padre Casemiro, foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), no início da noite deste domingo (22/09/2190), e seguiu para a funerária. O horário do velório ainda não está definido, pois representantes da igreja onde ele atuava decidiram aguardar a presença da família do pároco.A expectativa é que a cerimônia fúnebre comece com uma missa de corpo presente, entre as 9h e as 10h desta segunda-feira (22/09/2019), a depender do horário de chegada dos parentes do religioso. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo assessor de comunicação da Arquidiocese de Brasília, padre João Firmino.“Nós ainda estamos analisando algumas questões fechando alguns pontos com a família – e nisso a embaixada da Polônia tem nos ajudado muito -, mas tudo indica que o enterro será aqui, no cemitério Campo da Esperança”, disse o assessor.Ao longo desta segunda-feira, a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte, ficará aberta para que os paroquianos possam se despedir do padre Casemiro. Duas missas estão programadas: uma pela manhã e outra à tarde, mas os fiéis poderão permanecer no templo e fazer orações ao longo de todo o dia.
Crime bárbaro
O delegado Laércio Rosseto, da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), que lidera as investigações do assassinato do padre Casemiro, afirmou que os autores do crime agiram com requintes de crueldade. o religioso foi estrangulado na noite desse sábado (21/09/2019) na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. Ele foi encontrado com os pés e as mãos amarrados, e com um arame farpado envolto ao pescoço – além de uma lesão na cabeça.De acordo com o investigador, o caso é um latrocínio, quando ocorre um roubo seguido de morte. Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de que quatro homens cometeram o assassinato. Para Rosseto, o modus operandi dos bandidos deixa claro que eles conheciam a rotina do padre.Os criminosos teriam ficado entre duas e três horas na casa do religoso. Casemiro, cujo o nome original é Kazimerz Wojn, já havia se queixado da insegurança na região – a Paróquia Nossa Senhora da Saúde foi assaltada este ano. Porém, o caráter bárbaro do assassinato é um indicativo, segundo a polícia, da não relação entre os casos.“Por conta do requinte de crueldade com que executaram o padre, a princípio, o crime não tem relação com os roubos anteriores”, avaliou Rosseto. “Pela situação na qual ele foi encontrado, a gente pode afirmar que houve sofrimento por parte da vítima”, completou.
Suspeitos
A Polícia Civil afirma já ter nomes de suspeitos de envolvimento no assassinato do padre Casemiro. Segundo o delegado Rosseto, as identidades não serão reveladas para não atrapalhar as investigações. Desde o início da tarde deste domingo (22/09/2019), os investigadores colhem depoimentos de envolvidos, testemunhas e do caseiro que foi mantido refém pelos bandidos juntamente com o pároco.De acordo com a polícia, a casa tinha cofres modernos e os criminosos estavam preparados para arrombá-los. “Tinha cofre de um metro e meio de altura”, pontuou. Os bandidos levaram uma “makita”, pé de cabra, barras e picaretas.