O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia virou piada, nas rodas políticas de São Paulo, ao virar secretário de Projetos Especiais do governo de João Doria (PSDB). Todos duvidam que ele conheça ou tenha ouvido falar no Parque da Água Branca, por exemplo, que está na lista das concessões a serem confiadas a sua secretaria. Mas nada se assemelha à situação constrangedora de um deputado abandonar o Estado que o elegeu, apesar de sua votação modesta, para servir a outro Estado.
Na Câmara, sobram críticas. Há deputados que acham ser o caso de perda de mandato de quem é eleito por um Estado e trabalha para outro.
O presidente Câmara, Arthur Lira, sempre achou absurda a ideia de um detentor de mandado eletivo trabalhar por outra unidade da federação.
Ao trocar o ostracismo pela boquinha paulista, Maia sinaliza que não vai mais disputar eleição, após os raquíticos 74 mil votos obtidos em 2018. (Claudio Humberto/DP)