Por Olívia Coutinho
O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, nos, nos alerta sobre o perigo da riqueza, isto é: o perigo da riqueza quando não partilhada. A riqueza, que não é partilhada, distancia o humano do humano e consequentemente de Deus… O texto destaca, o encontro de um jovem rico com Jesus, um encontro, que tinha tudo para ser marcante e definitivo na vida deste jovem, se não fosse o seu fascínio pela a riqueza que o puxou para trás, impedindo-o de usufruir da maior riqueza que existe: fazer parte do reino de Deus! “Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo que tens dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu.” Ao ouvir estas palavras de Jesus, o jovem encheu-se de tristeza porque era muito rico e não conseguia desvencilhar-se de seus bens materiais. Como muitos, nos tempos atuais, aquele jovem, esteve às portas da felicidade verdadeira, só não adentrou, por não conseguir desapegar-se dos bens matérias, não se dando conta de que a nossa riqueza maior é Jesus, e que abdicar-se desta riqueza, é condenar-se a maior pobreza que existe: uma vida sem amor. A nossa verdadeira felicidade, está na nossa pertença a Deus, num Deus que se revelou à nós, na pessoa de Jesus… É importante conscientizarmos: Jesus não condena a riqueza em si, o que Ele condena é o apego, o apego é o grande abismo entre o homem e Deus, é sinônimo de egoísmo e de ganancia… É triste, mas é uma das mais duras realidade: estamos vivendo numa cultura em que tudo gira em torno das coisas materiais, o que vai levando muitas pessoas a um vazio existencial, já que as coisas materiais, não suprem todas as necessidades humanas. Há muitas pessoas escravizadas pelos os bens materiais, pessoas que não valorizam o calor humano, o afeto, que distanciam dos verdadeiros valores para viverem os prazeres momentâneos que o mundo oferece. Se não ficarmos atentos quanto as nossas escolhas, corremos o risco de nos contaminar por esta mentalidade do mundo, uma mentalidade que valoriza o ter e ignora o ser. A todo instante, Jesus nos convida a darmos um sentido novo à nossa existência, a abrirmos mão dos nossos apegos, para adquirirmos um tesouro no céu! Abrir mão dos nossos apegos, é uma condição estabelecida por Jesus, para que possamos conquistar um tesouro no céu. A vida de quem faz esta escolha, ganha um novo sentido, novos horizontes se abrem para quem se abstém do supérfluo para viver o essencial… A nossa verdadeira riqueza é Jesus, Ele é o nosso verdadeiro tesouro, o presente de Deus, Aquele, que pagou com o seu sangue, o preço da nossa liberdade. Usufruir bem desta liberdade conquistada por Ele, é reconhecer a imensidão do seu amor, é dar a Ele uma resposta de amor! É aqui na terra, que construímos a nossa morada no céu, construção esta, que chega a ser desafiadora, porque implica em renuncias, em desapegos, em caminhar na contramão do mundo! Quem não se apega aos bens terrenos, investe nos bens celestes, este, é um rico feliz, um rico que preserva o coração pobre, um coração vazio da ganancia e cheio de amor…
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho