A 1ª Vara Crime de Itabuna negou, pela terceira vez, o pedido de prisão contra o falso dentista Paulo Henrico Almeida, acusado de ter feito extrações irregulares e implantes malfeitos em pelo menos 15 pacientes. Desta vez, o pleito para detenção foi encaminhado pelo Ministério Público. Segundo o juiz Murilo Staut Barreto, o pedido não apresentou fatos novos e, por isso, decidiu reiterar medidas cautelares determinadas anteriormente: que o acusado não se aproximasse do Hospital do Dente, clínica situada no bairro São Caetano, onde aconteceram as práticas denunciadas por pacientes e familiares; que não mantivesse contato com funcionários do estabelecimento, com vítimas nem com possíveis cúmplices. No entender do magistrado, Paulo Henrico está cumprindo tais medidas e o pedido do Ministério Público seria genérico. Enquanto isso, segue o processo a partir do inquérito concluído anteontem pela Polícia Civil. A peça reúne fartas informações e perícias das pessoas afetadas pela conduta do falso profissional. Caso haja uma condenação em definitivo, ele pode pegar até 75 anos de prisão. A defesa, por sua vez, continua argumentando que o rapaz, ex-estudante de odontologia, não teria realizado os procedimentos irregulares, mas apenas acompanhado como estagiário. (Diário Bahia)
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