Deputado classifica o adiamento de “abuso de poder”, cujo objetivo seria prejudicar sua imagem
O deputado Ricardo Barros (PP-PR) ingressou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (2), para a manutenção do seu depoimento à CPI da Pandemia no próximo dia 8, como estava marcado, mas acabou adiado pela cúpula da comissão sem justificativa e sem definir nova data.
Há uma semana, ele divulgou nota se colocando à disposição para prestar depoimento sobre acusações feitas contra ele. “Quero prestar o meu depoimento o quanto antes”, afirmou. “Vou provar a lisura de todas as minhas ações”.
No pedido, Ricardo Barros classifica de “abuso de poder” a decisão do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pelo adiamento de seu depoimento por tempo indeterminado, “ao impedir a apuração e os esclarecimento dos fatos perante a Comissão.”
Para o parlamento, o único objetivo do adiamento seria continuar a prejudicar sua imagem.
Além de contestar a participação na compra da vacina Covaxin, o Ricardo Barros informa que os autores de indicação do profissional envolvido no processo já se manifestaram ou em outra situação trata-se de servidora que ingressou no serviço público em 1995. “Essas e demais acusações não possuem, portanto, embasamento”, garante.
“O adiamento indefinido e imotivado do depoimento do impetrante viola seu direito fundamental à ampla defesa, constitui abuso de poder da CPI e é viciado, ainda, pela absoluta falta de fundamentação.”, afirma no recurso protocolado no STF. (DP)