POLITICA: Sem rumo, senadores do “G7” tramam “novas estratégias” e devem convocar Arthur Weintraub e Luana Araújo para depor na CPI

compartilhar
Foto: Marcos Corrêa/PR

Aproximando-se do fim dos trabalhos da famigerada CPI da Covid-19 e sem ter como acusar o presidente Jair Bolsonaro de ter cometido crime de responsabilidade, a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito mais mal falada do Brasil se reuniu, neste domingo (23), para decidir quais serão as próximas ações do grupo. O intitulado “G7”, o grupo de sete senadores que se dizem “independentes”, participantes da “CPI do Circo” – Omar Aziz, Renan Calheiros, Tasso Jereissati, Randolfe Rodrigues, Otto Alencar, Humberto Costa e Eduardo Braga – não têm vergonha de divulgar que estão “avaliando estratégias” para conduzir novos depoimentos. Para culpar Bolsonaro, vale até chamar, mais uma vez, o ex-Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O General do Exército já havia respondido a “santa inquisição” dos senadores por dois dias seguidos. Mas, pelo visto, o “grupo do bem” acha que conseguiu algum fato novo que poderá prejudicar Bolsonaro e o ex-chefe da pasta. Por isso, querem chamá-lo, novamente. Além disso, o petista Humberto Costa (PT-CE) apresentou requerimento, também neste domingo, para convocar o ex-assessor da Presidência da República, Arthur Weintraub, para depor à CPI. A comissão quer investigar um “disse-me-disse” acerca da suposta participação dele no comando de um “ministério paralelo” da Saúde. Como provas para questionar o irmão mais novo do ex-Ministro da Educação, Abraham Weintraub, os senadores vão mostrar aos presentes lives em que Arthur participa e defende o tratamento precoce ao lado dos médicos Luciano Azevedo, Nise Yamaguchi e Paulo Zanotto. A médica Luana Araújo, que chefiava a recém-criada Secretaria de Enfrentamento à Covid-19, também deverá ser chamada a “prestar esclarecimentos”, segundo apontou o petista. A pressão para encontrar alguma “prova” contra Bolsonaro se intensifica, na medida em que o teatro tem prazo para terminar. (JCO)