O presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, em Brasília, em 3 de fevereiro de 2020 – AFP
A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abra um inquérito para apurar a suspeita de repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli. A linha de investigação da PF foi baseada na colaboração premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. De acordo com informações obtidas pela jornalista Camila Mattoso, da Folha de S. Paulo, Cabral teria afirmado que Toffoli teria beneficiado dois prefeitos fluminenses em processo na Suprema Corte em troca de R$ 4 milhões. Vale lembrar que o ministro presidiu o STF de maio de 2014 a maio de 2016. A quantia endereçada ao então presidente do tribunal teria sido enviada entre 2015 e 2015. Sérgio disse que os pagamentos foram intermediado por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro. Cabral ainda inclui nas ações o escritório da mulher de Toffoli, a advogada Roberta Rangel. As informações já foram enviadas pelo relator do caso, o ministro Edson Fachin, à Procuradoria-Geral da República (PGR). Condenado a mais de 300 anos de prisão, Cabral fechou um acordo com a polícia depois que a PGR e procuradores do Rio de Janeiro negaram o pedido de delação do ex-governador.
O que diz Toffoli?
O ministro disse por meio da sua assessoria não ter conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais, conforme divulgado pela Folha de S. Paulo. Toffoli disse ainda que refuta a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções. (istoe)