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Ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto não pretende nacionalizar o debate nas eleições do próximo ano, quando deve concorrer ao governo da Bahia. Ainda sem perspectiva de ter um candidato a presidente da República para chamar de seu, Neto acredita que as eleições para o Palácio do Planalto não irão definir o resultado do pleito no estado. Do outro lado, seu provável adversário direto, o senador Jaques Wagner (PT-BA), deve ter no palanque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto isso, Neto tenta se distanciar cada vez mais da figura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vai disputar a reeleição. “Não vou nacionalizar o meu trabalho aqui na Bahia. Meu foco é discutir o estado da Bahia, tratar da Bahia e dos baianos. A minha eleição em Salvador desmistificou muita coisa, derrubou muitos conceitos que existiam. Em 2012, eu no DEM enfrentei um candidato a prefeito do PT, que tinha apoio do governador do estado, que era do PT, e da presidente da República, também do PT. E tinha aquela conversa de o prefeito tem que ser do mesmo partido porque a cidade tá quebrada’. Ganhei aquela eleição, governei oito anos na cidade. Não é um candidato a presidente da República que vai definir a eleição na Bahia. Os baianos já passaram dessa fase”, declarou em entrevista nesta sexta-feira (7), ao “Isso é Bahia”, programa da rádio A TARDE FM em parceria com o Bahia Notícias. Por outro lado, Neto disse que não se pode descartar a possibilidade de surgimento de um candidato de terceira via, que supere a polarização entre Lula e Bolsonaro. O ex-prefeito disse também que sua “energia” está voltada para pavimentar sua candidatura em 2022. Para isso, vai intensificar as viagens ao interior do estado, interrompidas no início do ano por causa do agravamento da pandemia. “Eu não tenho opção, outra alternativa. Meu caminho é, de fato, construir uma candidatura do governo da Bahia. Minha energia, meu foco está todo para isso. Agora vamos rodar toda a Bahia, montei um grupo de trabalho que está estudando a realidade do estado, que está buscando técnicos qualificados no Brasil e fora do Brasil para discutir questões relevantes sobre a realidade da Bahia”, disse. Para Neto, é necessário pensar um projeto de governo que veja o estado em suas diferenças porque “dentro desse estado, nós temos vários estados”. “A gente precisa ter uma visão mais regionalizada da Bahia. A Bahia é um estado muito grande, cada região vive sua realidade, vive seu drama, tem solução própria para dar seu salto para o futuro. A Bahia precisa descentralizar as oportunidades, entender a vocação de cada região, estimular a vocação de cada região.” (BN)