O ex- chefe do Centro de Pesquisas e Extensão da Ceplac, Raul Valle, foi exonerado do cargo no mês de março, e em repúdio a demissão de Valle, que possui mais de 50 anos dedicados a Pesquisa e Extensão no órgão, outros nove pesquisadores também pediram demissão e escreveram uma carta para a Ministra da Agricultura Tereza Cristina solicitando a demissão do Diretor- Geral Waldeck Pinto Júnior, entre os pontos citados na carta, os pesquisadores relataram as manobras do Diretor para esvaziamento da instituição e desmonte do Setor de Pesquisa e Extensão.
Uma prova disso foi à disponibilização de dois dos mais importantes e renomados pesquisadores da área Raul Valle e Paulo Gil Gonçalves de Matos com dezenas de anos de dedicação a pesquisa em cacau a para o SDA.
Raul Valle ressalta que tanto sua exoneração quanto o que vem acontecendo após ela,é parte de um plano maior de desmonte da CEPLAC, não levando em conta todo patrimônio histórico, científico e imaterial que a CEPLAC representa para o mundo “são mais de cinqüenta anos de pesquisa e extensão que está sendo dilapidado, esse patrimônio não é meu, não é de partido político, nem do governo é de nosso país é do mundo”, ressaltou emocionado.
O Prefeito de Jussari e Presidente do Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica (CIMA) Antônio Valete, que é considerado um dos grandes defensores da CEPLAC e de tudo que ela representa para o país e para a região cacaueira disponibilizou uma Assessoria Jurídica para Valle após relatos de perseguição e assédio moral sofrido pelo pesquisador. “Os Consórcios Intermunicipais de Prefeitos notificaram extrajudicialmente a Ministra Tereza Cristina, que pode estar sendo induzida ao erro devido a um grupo de assessores.
A cacauicultura contribuiu para a balança comercial brasileira em 2020 com quatro bilhões e cento cinquenta milhões de reais nessa safra, na contra mão desses resultados, os pesquisadores alertam sobre ameaças como a possibilidade da entrada da moniliase do cacau no Brasil e o desmonte acelerado da pesquisa e da extensão, para beneficiar quem? A ministra já foi avisada pela nota extrajudicial, se o pior acontecer o endereço da responsabilização pelos danos já tem seu destino certo”, afirma Valete. (Ipolitica)