A professora Monique Medeiros e o filho Henry Borel, morto no dia 8 de março/Reprodução redes sociais
Rio – A Polícia Civil ouviu nesta quarta-feira (14) pelo menos mais três testemunhas no inquérito que investiga a morte do menino Henry Borel. Além da irmã do vereador Dr. Jairinho (sem partido) e da empregada doméstica Rosângela Mattos, a Rose, uma cabeleireira que atendeu a professora Monique Medeiros no dia 12 de fevereiro também prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca). A profissional contou em detalhes uma conversa de vídeo chamada entre mãe e filho, que presenciou no momento em que ela atendia Monique em um salão no Shopping Metropolitano, na Barra da Tijuca. Segundo ela, Henry iniciou a ligação questionando a mãe se ele a atrapalhava. “Mãe, eu te atrapalho? O tio disse que te atrapalho”. Em resposta ao filho, Monique disse que ele não a atrapalharia de maneira alguma.
A mulher seguiu acompanhando a conversa e percebeu o momento em que Monique perguntou para o filho o que tinha acontecido e porque ele estava chorando. “O tio bateu” ou “O tio brigou”, respondeu. Logo depois pediu para que a mãe voltasse para casa logo “mamãe, vem pra casa logo”. Após a conversa com o filho, a babá Thayna de Oliveira Ferreira filmou Henry mancando. Ainda segundo a cabelereira, minutos depois de conversar com o filho Monique recebeu uma ligação que seria de Jairinho. Ao atender o telefone, Monique iniciou a conversa nervosa e dizendo que: “Você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada”, e continuou “você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, eu vou junto. Porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma (em referência à babá). Quem me contou foi ele”.
Ao fim da conversa, a professora respondeu da seguinte forma para Jairinho “Quebra, pode quebrar tudo. Você já está acostumado a fazer isso”.Depois de ter sido atendida, Monique saiu do salão apressada. A profissional diz que conheceu a professora em janeiro deste ano, quando ela esteve pela primeira vez no estabelecimento.
Segundo a cabeleireira, Monique esteve em outras duas ocasiões no salão. A última, no dia do sepultamento do filho. A moça revela que soube que a professora era mãe de Henry através dos noticiários. (ODIA)