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CUIABÁ – Haitiano entra em surto, esfaqueia policial e é morto

por Ornan Serapião
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Em surto, ele teria atacado um policial com uma faca e o colega de farda reagiu atirando

Karina Cabralkarina.cabral@olivre.com.brLidiane Barroslidiane.barros@olivre.com.br

Um haitiano em surto psicótico foi morto por um policial militar no início da tarde desta terça-feira (10) no Bairro Novo Paraíso, em Cuiabá. O imigrante, que há dois anos sofria com transtorno mental, estava em surto há dois dias.Conforme informações de um amigo da família, a mulher do haitiano foi até a delegacia para pedir ajuda e, como a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não podia ir sozinha, dois policiais foram enviados para atender a ocorrência.O haitiano, no entanto, estava fora de controle. Quando os policiais chegaram, segundo o amigo da família, que também é haitiano, havia uma faca em cima da mesa.“A mulher dele me contou que um dos policiais pediram para que ele retirasse a faca de cima da mesa e foi quando ele a apontou para um deles”.O policial teria sido atingido com uma facada na cabeça, o que fez com outro militar reagisse atirando várias vezes em direção ao imigrante. “Ele morreu lá mesmo”, contou o amigo.“A polícia do Haiti faz assim: quando a pessoa tem problema mental, se tiver alguma coisa perto dele, tem que tirar, não falar para a pessoa tirar. A polícia tem que tirar, ou a pessoa que está bem de saúde tem que tirar. Aí pegou e falou para ele tirar. Aí ele entrou contra um policial”, disse o amigo do haitiano.“Não é a primeira vez que ele fica mal assim. Há dois anos o médico havia receitado remédio controlado, mas ele parou de tomar e voltou a ficar assim”, lamentou.A coordenadora da Pastoral do Imigrante, Eliana Vitaliano, disse que a vítima é uma pessoa que já teve surto psicótico e já esteve até recluso uma vez.“Inclusive a Casa do Imigrante acompanhou. Depois ele teve alta. Tem a mulher dele, só que ela não está conseguindo falar agora. Eu estive no IML, mas o corpo não chegou lá. A informação que temos é que tem o corpo de um imigrante – que eles não sabem informar o motivo – no Pronto-Socorro”, disse Eliana.O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar.

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