Teletrabalho por causa da pandemia proporcionou economia aos cofres públicos | Arquivo GA
No mês de abril do ano passado, cerca de 53,7% do funcionalismo publico estadual estava trabalhando nesse formato em Alagoas
O trabalho remoto, adotado tanto nas empresas privadas como no setor público em virtude da pandemia de Covid-19. Embora a prática seja muito comum em diversos países, sobretudo aqueles com economia desenvolvida, ainda era pouco explorado no Brasil antes da pandemia. No que se refere a economia dos cofres públicos em Alagoas, de abril a dezembro de 2020 houve uma redução de 26% nas despesas operacionais dos órgãos da administração pública estadual, o que equivale a aproximadamente R$36,7 milhões, segundo levantamento feito pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), a pedido da reportagem. De acordo com o órgão, as despesas com diárias e passagens atingiram uma economia significativa, da ordem de 70%, o que significa R$ 15 milhões poupados. Em seguida aparecem locação de veículos (R$ 8,3 milhões), energia elétrica (R$ 7,3 milhões), combustível (R$ 5 milhões), material de expediente (R$ 900 mil) e fornecimento de água e esgoto (R$ 300 mil). Em abril do ano passado, mais da metade do funcionalismo público estadual – exatos 53,7% – estava trabalhando de maneira remota.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) foi a que mais economizou em valores absolutos, levando em conta apenas a economia realizada pela estrutura do Poder Executivo Estadual. De acordo com os dados, o órgão poupou R$13,7 milhões, resultado que se deve a suspensão das aulas presenciais em decorrência da pandemia.
A economia na compra de combustível pela Agência de Modernização da Gestão de Processos (Amgesp) também chama atenção. Foram economizados R$5 milhões no que se refere ao abastecimento de veículos. E com a ausência dos jogos desportivos, a Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj), poupou o equivalente a R$1,5 milhão.
GOVERNO FEDERAL
Em âmbito nacional, o governo federal economizou R$691,9 milhões somente entre os meses de abril e julho, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Economia. A análise foi realizada levando em conta a diminuição nos gastos em cinco itens de despesa: diárias, passagens e despesas com locomoção, energia elétrica, água e reproduções de documentos. Maior redução de despesas foi com diárias e gastos com locomoção, entre os meses abril e julho quando comparado ao mesmo período de 2019, num valor correspondente à R$375,1 milhões.
d.gazetadealagoas