Grupo, coordenado por Onyx Lorenzoni, tem agenda de dois dias em Belém e Manaus. Estados entregaram proposta de planejamento sustentável a Bolsonaro
Nove ministros viajam nesta segunda-feira, 2, de Brasília (DF) para Belém (PA) no início de uma viagem de dois dias voltada a debates sobre a crise ambiental enfrentada pelo governo, com dados evidenciando grandes ocorrências de desmatamento na Amazônia e repercussão internacional do assunto. A comitiva se reunirá com governadores dos estados da Amazônia Legal em duas etapas, com agenda na capital paraense nesta segunda e em Manaus (AM) na terça-feira 3.
Participam da comitiva os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), general Augusto Heleno (Segurança Institucional), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Damares Alves (Mulher, Família e dos Direitos Humanos) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Em nota, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que coordenará a comitiva, destacou a importância do diálogo com as autoridades locais na busca de soluções para a região. “O presidente, depois de receber aqui no Planalto os governadores da Amazônia Legal, determinou que fôssemos até lá para ouvir as demandas e, juntos, buscar soluções para as questões que envolvem a região, levando em conta a especificidade de cada estado”.
Onyx afirmou que, além da preservação da Floresta Amazônica, o governo quer também estimular o desenvolvimento econômico da região. “Queremos equilibrar preservação com produção”.
Líderes sul-americanos
Na sexta-feira 6, líderes de países sul-americanos vão se reunir para discutir uma política única de preservação da Amazônia e de exploração sustentável da região. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o encontro deve ocorrer em Leticia, cidade colombiana que faz fronteira com o Brasil em Tabatinga, no Amazonas.
A informação foi divulgada depois que Bolsonaro se reuniu com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, na última quarta-feira 28, para tratar de questões ambientais e conversar sobre a participação do chileno, como convidado, na reunião do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) na segunda-feira 26, em Biarritz, na França.
“Eu havia solicitado por ele alguns dias antes, assim como outros chefes de Estado, que levasse a palavra do Brasil sobre o momento que estávamos vivendo [de queimadas na Amazônia]. E ele, com muita maestria, muito companheirismo, levou nossa posição de forma individual a todos os integrantes do G7. O que nós mais queremos é restabelecer a verdade sobre o que está acontecendo na Amazônia”, disse Bolsonaro após o encontro.(VEJA.COM)