Mercado financeiro eleva a 0,87% previsão para o PIB de 2019

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Na semana passada, previsão era de crescimento econômico de 0,80%; estimativa de inflação cai de 3,65% para 3,59%

Economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) projetam um Produto Interno Bruto (PIB) de 0,87% no ano, segundo consta nesta segunda-feira, 2, no Boletim Focus. Na semana passada, a previsão era de 0,80%. A meta para a inflação caiu de 3,65% para 3,59%.

Esse foi o primeiro relatório divulgado após o anuncio de alta de 0,4% no PIB do país, anunciado na quinta-feira 29 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultado acima do esperado, mas que ainda reflete uma recuperação lenta da economia do país.

O Boletim Focus é divulgado semanalmente pelo BC com as previsões do mercado financeiro para os principais índices da economia brasileira. Os economistas começaram o ano otimistas com o desenvolvimento de investimentos e o setor produtivo, chegando a prever o PIB a 2,57%. Sem a retomada esperada, a previsão virou de “pibinho” depois vinte semanas consecutivas de reajuste para baixo da taxa e a partir de meados de junho oscila na casa dos 0,8%.

O PIB é soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na quinta-feira, o IBGE divulgou crescimento de 0,4% para o segundo trimestre deste ano em comparação ao período imediatamente anterior, puxado pelo desempenho da indústria, que teve alta de 0,7%. No primeiro trimestre, o resultado foi 0,2% negativo.

Os economistas consultados pelo BC mantiveram a previsão do PIB para 2020 em 2,10%, assim como para 2021 e 2022, períodos em que o crescimento esperado para o país é de 2,5%.

Inflação, câmbio e Selic

Foi a quarta semana seguida que os analistas ouvidos pelo BC apontaram revisão na inflação. Com a redução para 3,59%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) continua abaixo do centro da meta da inflação deste ano, definida em 4,25% pelo Conselho Monetário Nacional. A taxa, no entanto, está dentro da margem de erro, que é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima (2,75% a 5,75%). Para 2020, o mercado manteve estimativa do IPCA em 3,85%. No próximo ano, a meta da inflação é de 4%, com tolerância entre 2,5% e 5,5%.

Os analistas consultados pelo Banco Central também alteraram a previsão para o dólar comercial ao fim do ano. A estimativa do mercado é que a moeda termine 2019 vendida a 3,85 reais e na semana anterior a estimativa era de 3,80 reais. Os patamares ainda estão abaixo da cotação atual. Na sexta-feira, o dólar fechou vendido a 4,14 reais. Para 2020, a projeção é de que o dólar feche o ano em 3,82 reais – na semana passada era em 3,81 reais.

A estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, se manteve em 5% para o ano. Atualmente, a Selic está em 6%, menor patamar da história, e o Banco Central já indicou que deve continuar a cortar a taxa para estimular a economia. A próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), responsável pela taxa de juros, será no dia 18 de setembro.(VEJA.COM)

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