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Ibovespa abre no positivo espelhando exterior, mas fôlego é curto

por Ornan Serapião
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Ibovespa abriu a sessão de negócios em alta, mas não encontrou fôlego para se manter no nível dos 98 mil pontos, mesmo após abertura de seus pares em Nova York que operam todos com ganhos. No mercado de câmbio, o dólar passou a subir, já cotado a R$ 4,13.

De acordo com Álvaro Bandeira economista-chefe do banco digital Modalmais, seria bom não perder patamar próximo de 97.600 pontos, sob pena de chamar novos vendedores.

Às 10h54, o Ibovespa tinha alta de 0,15%, aos 97.810,76 pontos.

O tom da abertura era dado pelo exterior, uma vez que não há, na visão de operadores, nenhuma notícia que dê uma tração interna para fazer o movimento da bolsa descolar do exterior onde os principais índices futuros, em NY, e à vista, na europa, operam em alta.

Para Bandeira, o presidente Donald Trump continua dando as cartas no comportamento dos mercados. “Tudo por conta da possibilidade de uma guerra comercial com a China”, diz em relatório a clientes.

Mais cedo, a fala mais suave do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China animou os mercados. Ele, que concedeu entrevista coletiva na cúpula do G7, em Biarritz, na França, afirmou que “tudo é possível” ao ser perguntado sobre um eventual adiamento das tarifas de Washington previstas contra a China e voltou a elogiar o presidente chinês, Xi Jinping, completando que as conversas entre os dois países continuam.

Por sua vez, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He disse que a China espera resolver a guerra comercial com os Estados Unidos por meio de negociações “calmas” e não está tentando agravar as tensões comerciais bilaterais. Segundo transcrição de uma conferência de tecnologia na cidade chinesa de Chongqing, Liu, que tem liderado as negociações comerciais com os EUA, disse também que ninguém se beneficia com uma guerra comercial.

Podem pesar negativamente durante o dia, o fato de o banco central chinês deixar o yuan enfraquecer ante o dólar. Nos negócios desta segunda-feira, a moeda chinesa se desvalorizou a 7,1468 yuans por dólar, atingindo o menor nível desde janeiro de 2008. A divisa da China acumula perdas de 6,5% desde a máxima que atingiu em 28 de janeiro. Também na China, o minério de ferro cotado no porto de Qindao, fechou em baixa de 3,30%, a US$ 84,91.

Ainda no mercado internacional, o contrato futuro de petróleo do tipo WTI apontava 0,92% de alta, com o barril cotado a US$ 54,90. Já o Brent subia 0,47%, a US$ 59,87.

Na cena local, queda generalizada nas projeções de inflação e PIB no Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda pela manhã. A mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,71% para elevação de 3,65% e para 2020 foi de 3,90% para 3,85%. No Top5, a expectativa para IPCA em 2019 médio prazo passou de 3,71% para 3,51%. Para o PIB, recuo de 0,83% para 0,80% neste ano e de 2,20% para 2,10% ano que vem.(IstoÉ)

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