O cancelamento do São João no Nordeste devido a pandemia do novo coronavírus deve resultar em um prejuízo para a Região Nordeste de pelo menos R$ 1 bilhão.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) juntas deixam de movimentar R$ 400 milhões em função da crise na saúde pública
Na Bahia, onde a data é comemorada em todos os 417 municípios, o governo estima que a perda seja de cerca de R$ 550 milhões.
O estado atualmente tem 304 municípios com o transporte suspenso, com a proibição de circulação, saída e chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans, na região.
Todas as festas públicas e privadas de São João foram canceladas desde o início da pandemia, entre elas o Forró do Bosque, Forró do Lago, Sfrega e Brega Light. Entre os destinos mais procurados pelos amantes do São João estão Ibicuí, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim, Irecê e Cruz das Almas.
Em entrevista ao bahia.ba, o cantor Léo Macedo, da banda Estakazero, falou como está sendo para ele como artista, lidar com a falta da festa em 2020. “A gente sente muita falta, são 25 anos já viajando no São João e até agora em 2020 eu nunca tinha ficado em casa no mês de junho, sempre viajando”.
A coordenadora regional do Fórum Forró Raiz da Bahia, Adriana Gramacho, também conversou com o bahia.ba e falou sobre o impacto cultural, além do financeiro, para a classe forrozeira neste São João atípico.
“Pra gente tá sendo muito triste, muito penoso. É uma comoção muito grande na comunidade forrozeira, porque a gente espera o ano todo para tocar no São João, e não é só por causa dos recursos financeiros, mas também pela receptividade de amor do público e troca de referências populares que constrói nosso forró”.
Bahia.ba