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Embaixada dos Estados Unidos nega asilo político a Sara Winter

por Ornan Serapião
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A defesa da ativista de extrema-direita Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, pediu asilo político para a cliente, à embaixada dos Estados Unidos, mas a solicitação foi negada no início da semana passada. O advogado Bertoni Barbosa de Oliveira, afirma ter feito a solicitação de maneira informal, em uma articulação junto à embaixada.

A negativa teria sido embasada no cenário de pandemia do novo coronavírus. No dia 24 de maio, os EUA anunciaram a proibição da entrada de viajantes saindo do Brasil. Além disso, segundo Barbosa, Sara teria que ficar na embaixada sem se pronunciar, até poder ir ao país na América do Norte.

O advogado também avalia que o assassinato de George Floyd, que levantou uma onda de protestos contra racismo nos Estados Unidos, também é um dos fatores que teria motivado a suposta negativa.

Insultos

No dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra a ativista, ela chamou o ministro de “covarde” e gravou um vídeo dizendo que queria “trocar soco” com o ministro, e que descobriria tudo sobre a vida do magistrado, incluindo os lugares que ele frequenta. “Nunca mais vai ter paz na sua vida”, afirmou.

O advogado alega ter sido informado de um possível pedido de prisão contra ela, por isso buscou o asilo político, mas o pedido foi arquivado. Na última quinta-feira (4), Sara deveria ter prestado depoimento à PF no âmbito deste inquérito das fake news. Ela não compareceu para depor, mas foi à PF com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e aguardou a saída da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que havia ido prestar depoimento.

Tochas e máscaras

No início de junho, Sara foi expulsa do Democratas, pelo presidente nacional da legenda, prefeito ACM Neto. “Quem defende o fim das instituições democráticas não pode permanecer em um partido que prega o respeito às instituições brasileiras e à liberdade”, disse Neto.

Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, Sara é uma das lideranças do movimento “300 do Brasil”, acampados em Brasília desde início de maio. No dia 30 do mês passado, eles fizeram um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com tochas e máscaras, a imagem lembrou a muitos ações do Ku Klux Klan (KKK), organização racista originada nos Estados Unidos que fala em supremacia branca e já cometeu diversos atos violentos contra negros.

Com informações do Correio Braziliense

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