A reabertura econômica pós pandemia deverá garantir a retomada do emprego e da renda. Esta é a plataforma principal que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) pretende levar ao grupo de trabalho criado pelo governo do estado para discutir os protocolos de volta às atividades normais depois do isolamento social determinado pela pandemia de Covid-19.
Segundo afirmou ao bahia.ba, o secretário de comunicação da entidade, Edmílson Barbosa, o reaquecimento das oportunidades de trabalho será buscado com foco em três pautas principais: a defesa de manutenção dos ativos da Petrobrás no estado, o apoio à agricultura familiar e o crédito para empresas de micro e pequeno portes. “Tem empresas quebrando por falta de R$ 10 mil”, relatou Barbosa. A CUT-BA ainda não foi formalizada no grupo de trabalho, mas o diretor de Comunicação atribui esse fato a questões burocráticas.
Os tópicos que a central defenderá prioritariamente foram definidos em uma reunião na tarde desta quarta-feira (3). Segundo Edmílson Barbosa, a manutenção da refinaria Landulpho Alves, de campos maduros e outros ativos da estatal petrolífera é importante porque a Petrobrás se relaciona com vários segmentos industriais de alta empregabilidade. Os empreendimentos da Petrobrás na Bahia estão incluídos no plano de desenvolvimento da companhia.
Edmílson Barbosa avalia que o governo estadual deve encampar a defesa da presença da estatal federal na Bahia. “O governador (Rui Costa) pode pressionar parlamentares no Congresso Nacional, se articular com outros estados”, propôs. Quanto a agricultura familiar, a CUT reivindica – ao lado de políticas setoriais – uma solução para o escoamento dos produtos em estradas fechadas pelas medidas restritivas adotadas durante a pandemia. “Tem agricultor que não consegue escoar o que produz. Pode haver um serviço que leve essa produção aos grandes centros”, prega.
