POLÍTICA – Bolsonaro atribui a ‘algum maluco’ agressões a jornalistas em frente ao Planalto

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuiu nesta segunda-feira (4) a “algum maluco infiltrado” as agressões a jornalistas na manifestação que ocorreu no domingo (3) em frente ao Palácio do Planalto.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a declaração do presidente foi dada em conversa com apoiadores diante do Palácio do Alvorada. Ele disse, no entanto, que o responsável “deve ser punido”.

No domingo, apoiadores bolsonaristas agrediram, ameaçaram e expulsaram profissionais de imprensa que cobriam o ato, que teve a presença do presidente da República e com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso.

Enquanto o presidente acenava para apoiadores, o grupo passou a dirigir ofensas ao repórter fotográfico Dida Sampaio, de O Estado de S. Paulo, que registrava o momento.

Um grupo se formou ao redor do fotógrafo, que foi derrubado por duas vezes e chutado pelas costas, além de tomar um soco no estômago. Além dele, o motorista do jornal, Marcos Pereira, também foi agredido.

Outros repórteres e demais profissionais de imprensa foram então empurrados e ofendidos verbalmente, incluindo os da Folha. Um repórter do site Poder360 também foi agredido pelos manifestantes.

Novos ataques à TV Globo

Em publicações em uma rede social, Bolsonaro também voltou a atacar à TV Globo. “A TV Globo no Fantástico de ontem [domingo] se dedicou a ataques ao presidente Jair Bolsonaro, pelo fato de um fotógrafo do Jornal O Estado de SP ter sido agredido por alguns possíveis infiltrados na pacífica manifestação”, escreveu o presidente.

Bolsonaro disse condenar a violência e afirmou não ter visto a agressão, embora um assessor seu tenha dito a ele, no alto de rampa do Planalto, que uma equipe da Globo estava sendo expulsa da manifestação.

“Também condenamos a violência. Contudo, não vi tal ato, pois estava nos limites do Palácio do Planalto e apenas assisti a alegria de um povo que, espontaneamente, defendia um governo eleito, a democracia e a liberdade”, escreveu.

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