O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu um pedido do Partido Democrático Trabalhista (PDT), nesta quarta-feira (29/04), e suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal.
“Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz a sentença.
Ramagem é amigo próximo da família do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o PDT, isso poderia ser classificado como “interferência política”.
Além disso, uma das alegações que sustentam o mandado de segurança é a declaração do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que o presidente da República Jair Bolsonaro pretende “colher informações de investigações”, aliada ao fato de que Ramagem tem ligações pessoais com o clã Bolsonaro.
Na decisão em que suspendeu a nomeação, Moraes cita as alegações de Moro, e afirma que, em tese pode ter ocorrido desvio de finalidade na escolha de Ramagem ” em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público.”
Moraes determinou urgência de notificação da sentença ao advogado-geral da União, José Levi Mello.
Metrópoles