RIO DE JANEIRO – PM do Rio tem 300 agentes afastados das ruas por suspeita de coronavírus

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Hospital Central da Polícia Militar tem um caso confirmado Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo

Pelo menos 300 policiais militares estão afastados das ruas por suspeita de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. O EXTRA confirmou o número de PMs de licença por conta da doença com ao menos sete comandantes de batalhão, além de outras fontes na corporação. A quantidade de PMs afastados equivale ao efetivo de um batalhão de pequeno porte, como o 17º BPM (Ilha do Governador). Uma PM lotada no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, no Centro do Rio, que está internada na própria unidade, foi testada para saber se contraiu o vírus nesta semana. O resultado ainda não saiu. O HCPM é a unidade que possui o maior número de policiais com suspeitas de contaminação pelo coronavírus, 22 no total. Em segundo lugar, está o 20º BPM (Mesquita), com dez suspeitos, e, em terceiro, a Policlínica da Polícia Militar em Cascadura, com 11 casos ainda sem confirmação. O Hospital da PM em Niterói tem oito casos suspeitos. A PM estabeleceu uma série de regras para casos de suspeitas dentro da corporação. Para evitar a ida em massa de policiais com sintomas ao hospital da PM, a corporação passou a aceitar atestados elaborados por médicos particulares, hospitais públicos ou UPAs. Os documentos, entretanto, devem ser encaminhados ao setor de perícias médicas da corporação para serem homologados. Só estão sendo aceitos os documentos que deixam claro que os agentes apresentam sintomas da Covid-19. Há vários pedidos de licença que foram negados pela perícia da PM, já que os sintomas não estão especificados nos documentos. A licença para casos de suspeita de contaminação pelo coronavírus, inicialmente, é de sete dias. Nesse período, a corporação orienta os agentes a permanecerem em casa. Caso os sintomas persistam, o policial será avaliado novamente. Diariamente, o número de agentes afastados por suspeita de Covid-19 está sendo passado pelos comandantes de cada batalhão ao comando da corporação.Na última terça-feira, o EXTRA revelou que a PM não tem insumos suficientes para atender policiais militares com suspeitas de contaminação pelo novo coronavírus. Um levantamento, feito pela Central de Material Médico Hospitalar (CMMH) do HCPM, revela que os estoques de luvas, máscaras descartáveis, aventais e óculos de proteção para médicos “encontram-se críticos”. Os policiais militares estão na linha de frente no combate ao coronavírus no Rio, fazendo bloqueios para impedir a circulação de pessoas e atendendo a população. De acordo com o cálculo feito pelo órgão, o material que a PM tem atualmente deve acabar em, no máximo, 15 dias. Após a publicação, o Ministério Público do Rio fez uma série de recomendações à PM. Promotores do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública determinaram que luvas e álcool em gel sejam disponibilizados a PMs que atuam nas ruas e médicos da corporação. Se a determinação não for cumprida, o MP entrará com uma ação contra a PM. (extra)

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