Foto ilustrativa
A sabedoria popular sempre disse que a dose de um remédio não pode ser grande demais, sob risco de matar o paciente. Estamos caminhando para uma recessão mundial sem precedentes na história.Isso porque cessando a circulação de pessoas, estamos matando milhões de pequenas empresas, que geram muitos milhões de empregos. Haverá demissões em massa sem precedentes, e novamente a classe mais desafortunada da população é a que mais sofrerá. Mas, podemos pensar, é para uma causa necessária, afinal temos uma pandemia acontecendo e que pode matar milhares de pessoas. Mas qual será o alcance real desta pandemia? Pelos números atuais podemos prever que em 30 dias teremos cerca de 10 milhões de infectados com cerca de 400.000 mortes. Depois disso é difícil prever, pois entrarão os efeitos das medidas de contenção, e temos possíveis remédios (não vacinas) que parecem ser promissores e serão rapidamente distribuídos.Não são números desprezíveis, é realmente uma tragédia. Mas vamos analisar os números abaixo acerca do nº de mortos por outras doenças infecciosas em 2018. A fonte é a Revista Exame, quem quiser verificar segue o link.https://exame.abril.com.br/brasil/da-raiva-a-colera-as-doencas-infecciosas-que-matam-mais-que-o-coronavirus/
Tuberculose – 1,5 milhão
Hepatite B e C – 1,34 milhão
HIV – 770 mil por complicações da doença
Gripe – 650 mil
Malária – 405 mil
Meningite – 170 mil
Cólera – 143 mil
Raiva – 59 mil
Febre Amarela – 30 mil
Dengue – 25 mil
Total – 5,092 milhões.
Estes são números de 2018.
Ou seja, acontece todos os anos.
São 51 milhões por década.
Porém, o mundo nunca parou por estas doenças. Só que agora, poderá ser adicionado 400.000 de um surto do coronavírus com um número inimaginável de pessoas por fome e doenças da pobreza devido à imensa recessão que estamos criando.
Já passou da hora de pensarmos se o remédio não irá matar o paciente.
(Texto de Mario Spadoni Filho. Engenheiro e empresário)
(JCO)