Em entrevista a BBC News, o magistrado foi questionado sobre qual seria sua atitude se lhe caísse um processo onde o atual governador do Rio de Janeiro Wilson Wiltzel fosse parte.
Witzel é ex-juiz federal e sua amizade com Bretas é de longa data.
Bretas foi curto e grosso:
“Eu jamais julgaria algo com relação ao Wilson, por ser meu amigo. Primeiro que não tenho competência. Como governador, ele não responde na primeira instância. Não tem nenhuma situação em que eu teria que julgá-lo. Eu o trato como amigo, e se algum dia ele estiver na iminência de vir para a minha jurisdição, a mim caberá dizer, olha, é meu amigo, nesse caso eu não participo. Isso para mim é muito claro.”
O juiz Marcelo Bretas mandou nesta segunda-feira (8) um golpe fulminante e com endereço certo.
Na sequência, não perdeu a oportunidade de alfinetar o ministro Gilmar Mendes:
“Há casos de pessoas que eventualmente julgam até casos que envolvem afilhado de casamento, né? E não se dão por suspeitos ou impedidos.”
Sem dúvida, referência direta ao ministro que foi padrinho de casamento da filha do empresário o Jacob Barata Filho, a quem mandou soltar da prisão três vezes.
Gilmar se acha insuspeito. Na mesma proporção que Lula se acha a alma mais honesta do Brasil. Com jornal da cidade online.