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RIO DE JANEIRO – Hotéis podem virar unidades de saúde para pacientes com sintomas leves

por Ornan Serapião
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Hotéis e motéis poderão ser utilizados para atender pacientes que apresentem sintomas leves do coronavírus (covid-19). É o que propõe o deputado federal Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ). O projeto de indicação será protocolado nesta terça-feira, em Brasília. Se aprovada, a medida beneficiaria principalmente, moradores de favelas que não têm condições de fazer o isolamento domiciliar, a chamada quarentena.

Coordenador da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, que também está acompanhando o combate ao novo vírus, o parlamentar diz que a iniciativa seria uma maneira de prestar atendimento emergencial à população menos favorecida. “É importante não repetir erros como os que foram cometidos em outros países. Devemos copiar as medidas que deram certo”, argumenta Teixeira.

Dr. Luizinho, como é conhecido o deputado, irá protocolar o pedido ainda esta tarde (17/03). Ele reconheceu que o número de leitos poderá ser insuficiente já nos próximos dias, caso a propagação do coronavírus aumente. “Será muito difícil criar leitos hospitalares para os casos graves que serão registrados. Os casos que não forem devidamente isolados poderão provocar uma disseminação em massa. Há muitos hotéis e motéis fechados no Rio de Janeiro e com certeza a ocupação (hoteleira) deverá cair muito”, disse.

Ação foi adotada na China

Teixeira, que é ex-secretário Estadual de Saúde do Rio, lembra ainda que a mesma medida foi adotada na China, com sucesso. “É preciso pensar em alternativas, parcerias com a iniciativa privada, sobretudo para a população que vive em habitações em que o isolamento domiciliar é inviável. Com isso, atenderemos sobretudo os moradores de favelas, onde muitas vezes, vivem famílias inteiras em um único cômodo”, concluiu.

Na semana passada, a comissão já havia aprovado por unanimidade a proposta do mesmo deputado, ao qual sugeriu que o país proibisse a exportação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscaras, luvas e álcool em gel produzidos no Brasil.

Ontem, O DIA publicou uma reportagem antecipando algumas medidas anunciadas com exclusividade pela coordenadora de Vigilância Sanitária da Prefeitura do Rio, Patrícia Guttmann. Uma delas seria o aumento no número de visitas domiciliares feitos por agentes de saúde, além do lançamento de uma cartilha eletrônica com orientações específicas de combate ao vírus. O objetivo é aumentar o nível de informação dentro das favelas cariocas para evitar uma propagação ainda maior.

O Dia

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